Algumas lojas da capital baiana, mesmo que ainda de forma tímida, já começam a se preparar para o Dia dos País. Se depender da expectativa do comércio em geral, o período, mesmo que ainda sombreado por conta da crise política e econômica, pode significar um desafogo para quem vem sofrendo com o peso da atual situação.
De acordo com o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Salvador, Frutos Dias Neto, a expectativa é de que as vendas sejam entre 2% e 3% superiores em relação ao mesmo período do ano passado. A data deve gerar, aqui na Bahia, uma movimentação de R$ 280 milhões, 5% dos R$ 6,5 bi estimados por uma pesquisa nacional feita pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomercio-RJ).
“Levamos em consideração que, no segundo semestre do ano passado, já estávamos em crise e as vendas em baixa. Acredito que teremos uma pequena recuperação e a nossa expectativa de que o segundo semestre, como sempre, seja melhor que o primeiro”, avaliou.
Estímulo
Como forma de estimular ainda mais as vendas para o período, Frutos Dias Neto disse que, em 15 dias, novidades devem surgir, mas sem trazer maiores detalhes.
Em média, o consumidor baiano deve gastar entre R$ 95 e R$ 100 na escolha do presente para o Dia dos Pais. Vestuário, calçados, acessórios e eletrônicos devem ser os itens preferidos para a maioria. Citando a pesquisa da Fecomercio-RJ, os perfumes e cosméticos também aparecem neste rol. E é justamente nesse item que a dona de casa, Regina Souza, deve apostar para presentear o pai. “O amor é grande, mas o valor do presente tem de caber em nosso bolso. Afinal, as coisas não estão nada fáceis”, contou.
De acordo a Fecomércio – esse relativo ao estado da Bahia –, o setor de perfumaria, em agosto do ano passado, teve um faturamento superior a R$ 300 mil, 17,1% a mais do que o mês de julho. Contudo, inferior 1,1% em comparação a agosto de 2014. Já as lojas de vestuário, calçados e tecidos faturaram acima dos R$ 450 mil no mesmo período de 2015, ficando 2,2% acima de julho, mas 9,4% abaixo do que em agosto de 2014.
Preudência
Para o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio da Cidade do Salvador (Sindilojas), Paulo Mota, o momento é de prudência. “Principalmente enquanto não houver uma definição a respeito da política brasileira, o que tem impactado fortemente na economia. Muitos, neste momento, vão adotar a cautela”, disse. Ao contrário do presidente da CDL, ele aposta em vendas 5% menores em comparação ao mesmo período do ano passado.
por tribunadabahia