O polêmico projeto Revitalizar, de autoria do Executivo Municipal, que pretende estimular a requalificação de imóveis no Centro Antigo de Salvador, foi aprovado nesta quarta (26), por volta de 19 horas, após muito bate-boca entre os vereadores. Sete integrantes da oposição votaram contra.
A vereadora Aladilce disse que o projeto era “inconstitucional”.
O petenista Sidninho disse que havia “uma pegadinha” e criticou o benefício a empreendimentos na Avenida Contorno, como por exemplo, a Bahia Marina.
Marta Rodrigues classificou a iniciativa como uma “aberração”. A petista também questionou “as emendas de última hora”.
Carlos Muniz (PTN), um dos mais exaltados, disse que a bancada da situação era a “bancada do sim senhor” e afirmou que o prefeito ACM queria que a “época do chicote retornasse”.
O vereador do PSOL, Hilton Coelho, acusou a gestão do prefeito ACM Neto de perdoar dívidas milionárias para empresários sem nenhum estudo.
Silvio Humberto (PSB), concordou com o colega Muniz e disse que “contra o rei e o imperador só pode dizer sim senhor”. “Não nascemos para dar amém e não existe rei, nem imperador”.
Visivelmente irritado, o edil Odiosvaldo Vigas rebateu os oposicionistas e disse que “não faz parte da bancada do amém”.
De acordo com a Prefeitura de Salvador, cerca de 3 mil imóveis de 11 bairros do Centro Antigo devem ser beneficiados. Entre os incentivos fiscais previstos, estão a isenção do Imposto de Transmissão Inter Vivos (ITIV) e a remissão das dívidas com o Imposto sobre a Propriedade Predial Urbana (IPTU), que equivale a uma redução de 50% durante 10 anos.
A bancada de oposição promete entrar na Justiça contra o projeto.