Os 8,2 milhões de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalar individuais e familiares poderão ter suas mentalidades reajustados em até 13,55%. O índice fixado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta sexta-feira e pode ser aplicado entre maio de 2017 e abril de 2018, sendo válido para os planos de saúde contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei nº 9.656/98, que representam 17,2% do total de 47,5 milhões de usuários pela saúde suplementar no Brasil.
O reajuste é mais do que o triplo da inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA).
No acumulado em 12 meses, o IPCA atingiu em abril o menor nível em dez anos, 4,08%. Na avaliação da professora Ligia Bahia, da UFRJ, especialista em saúde, o aumento é alto demais para a realidade econômica brasileira atual. – O reajuste é absolutamente injustificável, nem em função do crescimento da economia, a inflação muito menor do que nos anos anteriores e a ANS propõe um reajuste que é maior do que anos anteriores no momento em que a economia dava mostra de ser muito mais pujante do que ocorre agora em 2017 – diz Ligia.
*ogobo