Sindicalistas ligados a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) protestaram na manhã desta quinta (29), em frente ao Tribunal de Justiça, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Eles exigem a prisão dos acusados de matar o casal Paulo Colombiano e Catarina Galindo, que foram executados há exatos sete anos. Colombiano era tesoureiro do Sindicato dos Rodoviários da Bahia e foi morto após a realização de uma investigação interna relacionada a irregularidades no pagamento dos gastos com plano de saúde.
“São sete anos de impunidade com a sensação que vai completar oito anos sem um parecer. Ano passado, tivemos uma reunião com o desembargador relator e nos garatiu que ano passado daria o parecer. Se passaram 6 meses e nenhuma posição. Nós rodoviários e familiares sentimos a sensação de impunidade. Será que o dinheiro pode comprar o silêncio da Justiça?”, questionou Fábio Primo, que é o vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários da Bahia.
O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, lamentou o fato de ter pressionar para que a justiça seja acelerada”.
“Um crime como esse merecia uma atenção especial. O crime já foi elucidado e agora precisa ser colocado em julgamento. Foi um crime para encobrir um outro crime. A empresa e os mandantes estão impunes, ganhando cada vez mais dinheiro. A gente luta por justiça. Paulo Colombiano e Catarina Galindo vivem com suas esperanças e as suas ideias em nossas consciências e em nossos corações”, disse.
Cinco pessoas respondem ao processo, sendo que dois são os donos da empresa que prestava serviço de plano de saúde ao sindicato. A dupla é apontada como mandante do duplo homicídio, que aconteceu no bairro de Brotas, dentro de um carro, ao lado do Iperba. Outros três envolvidos são funcionários da empresa. Um teria participado da execução do casal e o restante acompanhou a rotina de Paulo e Catarina para que crime pudesse ser cometido. Todos foram presos em 2012, mas não ficaram mais que 20 dias na cadeia.
Em nota enviada a imprensa, o Tribunal de Justiça da Bahia disse que na última quarta-feira (28) a ação foi examinada pelo desembargador Pedro Guerra, relator do processo, e encontra-se com a desembargadora Rita de Cássia Machado Magalhães Filgueiras Nunes, revisora da Ação Penal. Concluída a etapa da revisão, o processo seguirá para a Segunda Turma da Primeira Câmara Criminal, onde será julgado pelos demais desembargadores que a compõem. Ainda de acordo o TJ, o processo possui 36 volumes, 18 apensos e 39 anexos, o que exige um estudo cuidadoso de todas as peças.