O presidente da Comissão de Transportes da Câmara Municipal de Salvador, vereador Hélio Ferreira (PCdoB), fez duras críticas ao Projeto de Lei nº 375/17, de autoria do demista Maurício Trindade, que propõe a instalação do “botão de pânico” para motoristas e cobradores de ônibus em caso de violência nos coletivos. Na avaliação de Hélio, que também é presidente do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, a proposta é um “equívoco, pois coloca em risco a vida dos rodoviários”.
“Eles trabalham diretamente com a população e se a população souber que eles estão com esse dispositivo para acionar no momento de um assalto, eles vão ficar vulneráveis no bairro. O delinquente vai esperar o rodoviário no bairro e querer se vingar dessa atitude. Então, somos contra. Até para a população é arriscado, pois a população tem que saber como usar sem se expor”, opinou.
O edil revelou ao Informe Baiano que vai trabalhar internamente para que a proposta não tenha êxito.
“Tenho certeza que isso não vai passar na Comissão de Transportes. Chamarei os membros para rejeitar esse projeto e trabalharei para rejeitá-lo também no plenário, pois ele coloca em risco os rodoviários. Esse projeto não beneficia e não inibe os assaltos. Só prejudica. Só traz prejuízos”, finalizou.
O “botão do pânico” não é novidade nos ônibus de Salvador. Em setembro de 2015, a Prefeitura lançou o aplicativo CittaMobi, em que a população pode acionar as autoridades quando houver situações de emergência no sistema de ônibus, como assalto ou outras violências.
