A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta quinta-feira (24) que pelo menos 11 pessoas morreram na Argentina após serem infectadas com hantavírus, doença transmitida por ratos e outros roedores. O ministério da saúde do país já havia declarado um número superior: 13 pessoas mortas.
Dentre os 29 casos da doença confirmados por exames laboratoriais entre outubro de 2018 e 20 de janeiro de 2019, quase 60% foram identificados em mulheres ou meninas, segundo a OMS.
Em cerca de 50% dos casos confirmados – todos em Epuyén, na província argentina de Chubut – os infectados reportaram os sintomas dentro das últimas três semanas.
Não há nenhum tratamento, cura ou vacina para a infecção por hantavírus e a taxa de mortalidade por caso pode chegar entre 35% e 50%.
A OMS advertiu autoridades de saúde argentinas a estarem vigilantes e a intensificarem os esforços para detectar, investigar, gerir e controlar os casos. A organização disse que atenção especial deve ser destinada a viajantes retornando das áreas afetadas.
O hantavírus é uma doença respiratória viral normalmente transmitida pelo contato com excrementos ou saliva de ratos e outros roedores contaminados. A enfermidade é caracterizada por dores de cabeça, tontura, febre, náusea, diarreia e dor de estômago, seguidas pelo repentino desencadeamento de severos sintomas respiratórios.