Deputado federal pelo PRB, João Roma comentou nesta sexta-feira (15/02) o escândalo protagonizado pelo filho do presidente, Carlos Bolsonaro, com o ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, ambos do PSL. O herdeiro de Jair Bolsonaro divulgou nas redes sociais um áudio do pai, ainda no hospital, afirmando que não poderia falar com Bebianno.
Para o parlamentar, “não cabe esse tipo de interferência de familiares dentro do núcleo do governo do presidente Bolsonaro. Cabe a ele imprimir, na verdade, seu ritmo”.
“O que ocorre dentro de uma estrutura partidária, de fato, é impossível que o presidente possa controlar o andamento de todas as campanhas no Brasil. Se irregularidades aconteceram, precisam ser apuradas pelo Tribunal, pelo Judiciário e investigados devidamente pela polícia. Mas isso são assuntos legais que precisam ser apurados devidamente no seu quadrado. Não se pode estar buscando factóides para tentar instabilizar o governo e dando dimensão além do que de fato é o fato”, afirmou João Roma em conversa com o Informe Baiano.
Carlos Bolsonaro x Gustavo Bebianno
A confusão entre Carlos Bolsonaro e Gustavo Bebianno ocorreu após reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” sobre suspeita de candidatura laranja no PSL, onde o grupo do atual presidente da legenda, Luciano Bivar, deu R$ 400 mil para uma candidata laranja em Pernambuco na eleição passada. A denúncia fez surgir rumores de que Gustavo Bebianno, que presidia o PSL na época, poderia ser demitido do cargo. O ministro negou desgaste. Chegou a dizer, em entrevista ao jornal “O Globo”, que falou com o presidente três vezes, após rumores de crise no governo. Bebbiano disse que a conversa foi por aplicativo de mensagem.
O filho do presidente, Carlos Bolsonaro, rebateu. Disse que esteve 24 horas ao lado do pai e que Bebianno mentiu, não falou com o presidente. Horas depois, o próprio Bolsonaro endossou, publicamente, a tese da mentira.