O clima ficou quente na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) após a prisão do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, suspeito de participar de um esquema de corrupção envolvendo contratos com o Ministério do Turismo (MTur) e entidades do Sistema S. O empresário foi solto ontem (19/02) após prestar depoimento. Porém, foi afastado do cargo por determinação judicial.
Na Bahia, recentemente, o atual presidente da FIEB, o empresário espanhol Ricardo Alban, foi alvo de representações protocoladas pelo então vice-presidente da entidade, Mário Pithon, que o acusou de diversas irregularidades. Apesar da vasta documentação, o caso, misteriosamente, não foi apurado. Entre os supostos desvios apontados estão: contratação de empresas ilegalmente, nepotismo, descumprimento do regimento interno e código de ética, além de alteração de atas de reuniões internas.
De acordo com a fonte do Informe Baiano, o sobe e desce, além do clima de pânico, de alguns diretores e funcionários da FIEB, são evidentes. Ainda de acordo com a fonte, a alta cúpula da entidade teme que “aditivos milionários e contratação de empresas de diretores”, o que é proibido pelo Conselho de Ética, entrem na mira da Operação Fantoche da Polícia Federal (PF). Enquanto isso não ocorre, uma coisa é certa, a tese de que os assuntos da FIEB eram apenas de “interesse interno” já caiu por terra.