Os promotores de Tóquio, no Japão, determinaram ontem (3), pela quarta vez, a prisão do executivo franco-brasileiro Carlos Ghosn, de 64 anos, ex-presidente da Renault. O empresário foi solto, no mês passado, sob fiança, após 108 dias de custódia. Nesta quarta-feira, Ghosn foi preso na casa dele.
De acordo com a emissora estatal japonesa, NHK, é raro no Japão que alguém libertado sob fiança seja preso novamente.
Os investigadores apuram informações sobre o desvio de US$ 34 milhões pagos a uma concessionária da Nissan em Omã, operada por um dos conhecidos de Ghosn, ao longo de sete anos.
Há informações que parte do dinheiro foi para comprar um iate de Ghosn. Segundo apurações, o dinheiro veio de um fundo de reserva da Nissan que o executivo foi autorizado a usar a seu critério.
Ghosn foi indiciado sob acusação de violação agravada de confiança e subnotificação de sua indenização. Ele nega essas acusações.