Deputadas estaduais reforçaram, nesta quinta-feira (25), a solicitação pela instalação de uma Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) em Simões Filho. Em audiência pública realizada pela Comissão da Mulher da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) no município da região metropolitana de Salvador, parlamentares endossaram a indicação da deputada estadual Kátia Oliveira (MDB) para implantação da unidade.
“Precisamos erradicar a violência contra a mulher, e a Deam é uma ferramenta muito importante nesse combate. Uma delegacia especializada é fundamental para que a mulher que chega em situação de violência não acabe sendo vitimizada pela segunda vez”, pontua Kátia, ressaltando ainda a necessidade de capacitação dos policiais para o atendimento a estes casos.
A presidente do colegiado, deputada Olívia Santana (PCdoB), defendeu o pleito de Kátia, que foi vereadora em Simões Filho. Para a parlamentar, as Deams devem ser expandidas por todo o estado. “Essa indicação (de Kátia) vai na direção do que nós queremos. Queremos que mais Deams sejam implantadas e defendemos mais qualificação e capacitação de policiais”, pontuou, ao lembrar que Alagoinhas sempre reivindicou uma delegacia especializada e conseguiu em 2017.
A implantação da delegacia em Simões Filho foi uma recomendação feita pelo colegiado após a audiência, cujo tema foi “Violência contra a Mulher, Feminicídio e Políticas Públicas de Enfrentamento e Superação”. Além de integrantes da Comissão da Mulher, participaram o prefeito da cidade, Dinha Tolentino (MDB), a secretária de Polícias para Mulheres do Município, Andrea Almeida, vereadores locais, lideranças regionais e integrantes do governo do estado.
A vice-presidente da ONG Pétala de Rosa, Neuma Oliveira, ressaltou que a Deam em Simões Filho é uma reivindicação antiga. “Gostaríamos de pedir este apoio das deputadas pela implantação dessa delegacia. A violência contra a mulher é uma realidade que precisamos enfrentar”, disse.
Além da audiência pública, a comissão realizou uma visita ao Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM – Nilda Fiúza). A unidade homenageia a professora Nilda Fiúza, muito querida e atuante na cidade, que foi vítima de um crime brutal em 2014.
Debate
A realização do evento em Simões Filho foi um pedido de Kátia, diante dos casos de violência contra mulheres registrados na cidade. “Infelizmente, aqui em Simões Filho, no estado, no Brasil, vemos muitos casos de violência emocional, psicológica, física. Queremos manter esse debate aceso e buscar soluções, com a participação dos mais diversos agentes sociais”, frisou.
Olívia Santana, por sua vez, ressaltou que pretende aproximar a Comissão da Mulher com a população. “O colegiado precisa escutar as mulheres, precisa saber o que está acontecendo em termo de políticas públicas, saber no que a Assembleia pode ajudar”, destacou.
Andrea Almeida destacou o trabalho realizado pelo CRAM. “As mulheres estão entendendo que aquele espaço é para elas, que são acolhidas e têm suas reivindicações atendidas”, disse, ao revelar um aumento nos atendimentos às mulheres.
