Em discurso acalorado na tarde desta quarta-feira (03/06), o presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), vereador Geraldo Júnior, revelou que “fiquei indignado quando vi o secretário Fábio Mota cobrar a votação do ISS por essa Casa. Me transpareceu uma piada”.
Em entrevista a diversos veículos de comunicação, o secretário de Mobilidade Urbana disse que poderia ter novo aumento na tarifa de ônibus, caso a lei que isenta os empresários do Imposto Sobre Serviço (ISS) não seja aprovada. O valor, segundo Mota, pode chegar a R$4,12.
“As forças ocultas. Eles não entenderam, ainda, que esse poder é autônomo e independente. O Estado Democrático de Direito permite o contraponto. Essas forças ocultas continuam a imaginar que vão pautar essa Casa. Quem pauta essa Casa é a presidência”, disparou Geraldo, que continuou.
“Os poderes, eles não podem ser usurpados. O TAC não seria o instrumento normativo para estabelecer esses regramentos. Faz-se necessário uma lei, uma regulamentação”, disse.
Geraldo disse ainda que Fábio Mota foi “irresponsável” ao “tentar jogar a população contra essa Casa, tentar jogar a sociedade civil contra essa Casa”.
“Nós queremos votar sim a isenção. Mas a Câmara, ela sai do papel de coadjuvante e ela será protagonista. Secretário Fábio Mota, quem pauta os projetos dessa Casa é o presidente. Não tente, vossa excelência, tentar jogar a população contra essa Casa”, concluiu.
Após a polêmica, o vereador Paulo Magalhães, que é líder do prefeito ACM Neto na CMS, discursou e pediu que a matéria não fosse votada hoje.