A alopecia é um dos efeitos colaterais mais temidos durante a quimioterapia. Com implicações psicológicas, sociais e profissionais das pacientes.
“Alguns quimioterápicos, como as antraciclinas e taxanos, utilizados para o tratamento do câncer de mama causam alopecia e isso é, sem dúvidas, um drama adicional para a mulher que já sofreu com o diagnóstico do câncer e a cirurgia da mama. Para algumas pacientes, a preservação do cabelo tem um impacto muito importante na autoestima, mantendo-as autoconfiantes em relação ao tratamento”, explica a oncologista da Clínica AMO, Mayana Lopes.
Para minimizar este efeito, os médicos recomendam um sistema de resfriamento do couro cabeludo que é aplicado durante as sessões de quimioterapia, diminuindo o fluxo sanguíneo no couro cabeludo e o protegendo durante o tratamento.
A taxa de sucesso é determinada por quão bem a temperatura do couro cabeludo é reduzida e mantida durante o tratamento. Essa é uma das principais vantagens do sistema de resfriamento do couro cabeludo através da máquina em relação à touca com silicone, por exemplo.
“Com a máquina mantemos a temperatura constante em 32 graus negativos. Para manter temperatura similar com a touca é necessário fazer a troca a cada 30 minutos”, pontua a enfermeira especialista no procedimento, Cláudia Orrana.
Outras vantagens citadas pela enfermeira é a touca disponível em três tamanhos, o que possibilita uma melhor adaptação para o paciente, tornando este sistema mais confortável. A touca tem um espaço onde se concentra o ar frio e, portanto, evita o contato direto do frio com o couro cabeludo.
O uso desta tecnologia é tolerável pela maioria dos pacientes. As principais queixas são dor de cabeça e desconforto no couro cabeludo.