Nesta quinta-feira (08), a Uber divulgou seus resultados financeiros referentes ao segundo trimestre de 2019 (ano fiscal de 2020) – o segundo desde que se tornou uma empresa pública, E, mais uma vez, os números não ajudaram: a companhia até registrou um aumento de 14% em sua receita, em comparação ao segundo trimestre de 2018: de US$ 2,76 bilhões pulou para US$ 3,16 bilhões. No entanto, ela teve um prejuízo líquido de US$ 5,2 bilhões (contra US$ 878 milhões no mesmo período do ano anterior), o que representa a maior perda trimestral da sua história.
Ainda assim, as ações da empresa fecharam em alta, subindo mais de 9% e custando US $ 42,98 por papel. Esse valor é apenas um pouco mais baixo do que seu preço de entrada na oferta pública de ações (IPO), ocorrida em maio, quando a ação custou por volta de US $ 45.
Cenário preocupante
O aumento de 14% de sua receita em relação ao mesmo período do ano anterior contrariou as expectativas dos analistas de mercado, que consideram esse um crescimento mais lento do que nunca. A companhia diz que a maioria das perdas do segundo trimestre é resultado de despesas com remuneração, baseada em ações para funcionários após o IPO. Além disso, a Uber ainda perdeu US $ 1,3 bilhão no valor de seus papeis, uma desvalorização de 30% em relação ao primeiro trimestre de 2019.
De acordo com o canal CNBC, os analistas esperavam perdas por ação de US $ 3,12. No entanto, a Uber apresentou uma perda de U$ 4,72. Em relação às receitas,a expectativa era de que os números chegassem a US $ 3,36 bilhões, ou seja, US $ 200 milhões a mais do que foi anunciado.