As próximas horas, quando haverão mudanças nos turnos da PM, são de extrema importância para saber se a greve dos policiais militares, decretada na tarde desta terça-feira (08/10) em assembléia no Clube Adelba, vai emplacar ou não. Nas ruas de Salvador, o movimento, pelo menos por enquanto, é tímido.
“Ainda não sabemos a real proporção. Confesso a você que estou tenso, assim como todos os meus colegas. Eu estive na assembléia e tinham muitos aposentados, além de policiais novos. O que se fala é que em Salvador está fraco e em Feira o movimento é mais forte”, disse ao Informe Baiano um soldado que pediu para não ser identificado.
Mesmo com receio, outro militar também opinou sobre a situação.
“Só as próximas horas que vamos saber realmente. É um sofrimento para a família, os amigos… Você lembra de 2014 como foi, né?! Aí fica a imprensa apertando de um lado, o povo do outro. Acho que o governador deveria logo conversar pra evitar isso, pois não é bom para ninguém. Nem pra o policial, nem pra Prisco, nem pro governo e nem pra sociedade”, afirmou.
Em nota enviada ao Informe Baiano, o Comandante Geral da Polícia Militar, coronel Anselmo Brandão, garantiu que o policiamento está normal em todo o Estado. O oficial classificou o ato como “movimento político sem a adesão da PM”.
“A Polícia Militar da Bahia garante o policiamento ostensivo em todo o estado e tranquiliza a população, que deve manter sua rotina normalmente. Reforça que o responsável pelas operações nas ruas é o Quartel do Comando Geral, que está pronto para atender a todas as demandas da sociedade. Adianta ainda que, os policiais que não atenderem suas escalas responderão conforme Legislação Militar”, diz o comunicado.
Já o deputado Prisco afirma que a greve já foi decretada e acusa o Governo de não sentar na mesa de negociação. Segundo o parlamentar, o impasse entre militares e o governo da Bahia já dura três meses. A categoria exige melhorias do Planserv, cumprimento do acordo de 2014, solução para os problemas do novo sistema RH, reforma do Estatuto, código de Ética; periculosidade; auxílio Alimentação; reajuste da CET; plano de Carreira; cumprimento de ordem judicial e isenção de ICMS para Aquisição de Arma de Fogo para PMs e BMs.