Ambulatório de Luto na Bahia oferece apoio a parentes de mortos

Há dois anos parentes de pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e das enfermarias do Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia, vinculado à Rede Ebserh (Hupes/UFBA-Ebserh), que perdem seus familiares contam com o apoio psicológico no período do luto. No Ambulatório do Luto, criado pelo Serviço de Psicologia do Complexo, o objetivo é o de reduzir as consequências do luto e oferecer acompanhamento para enfrentar a perda.

Segundo a psicóloga responsável pelo ambulatório, Mônica Venâncio, o momento de perda de um ente querido envolve inúmeras emoções e afetos que, apesar de fazerem parte do repertório natural das emoções humanas, às vezes podem se apresentar de forma muito intensa, ou mesmo conflituosa, e pode variar de um indivíduo para o outro, dependendo da relação com a pessoa que faleceu.

“Primeiro fazemos uma triagem, um acolhimento inicial para avaliar se há mesmo necessidade, depois o acompanhamento se torna semanal e quando há necessidade de acionar um outro profissional, como o psiquiatra, também fazemos isso. Em alguns casos, já acompanhamos os familiares ao longo da internação do paciente, quando são pessoas em estágio terminal”, disse.

O ambulatório não se restringe a atender os pacientes com perdas recentes e pode também receber pessoas encaminhadas do Ambulatório de Psiquiatria, que estejam passando pelo luto há mais tempo e mais complexo. “Muitas vezes não é uma perda recente, mas, mesmo assim, a pessoa ainda está abalada. Às vezes, temos ainda pessoas de fora que não tem vínculo com o hospital, mas que precisam de atendimento”.

Segundo Mônica, nos dois anos de trabalho, o Ambulatório de Luto, tem ajudado as pessoas na superação da perda, que pode tornar o indivíduo triste, recolhido emocionalmente, levando-o a perder o interesse de atividades que exercia cotidianamente e que lhe davam prazer, inclusive as relações pessoais.

“Isso é parte do processo natural do luto. O receio que temos, é que essas pessoas não saibam como lidar, e isso se torne algo patológico, como uma doença. O luto não é uma doença, ele é atravessado pelo sentimento, pela dor, pela tristeza. É preciso que o sujeito passe por isso, aprenda a lidar e ressignificar, encontrar recursos para enfrentar a perda e voltar a se interessar por suas atividades”, disse.

A psicóloga explicou que é preciso observar se o enlutado está retomando suas atividades normais, caso não haja esse retorno, é preciso pensar na possibilidade de que lago esteja fora do esperado e que talvez seja necessária uma intervenção mais intensa.

“Percebemos isso quando a pessoa começa a apresentar prejuízos na sua vida pessoal, profissional, familiar. São casos em que a a pessoa se identifica com a pessoa falecida de tal modo que é como se morresse junto. É como se não houvesse mais desejo pela vida”, afirmou.

Mônica ressaltou ainda que não existe manual sobre como lidar com uma pessoa enlutada, mas a recomendação é a de acolher e suportar a sua dor, permitindo o choro e não o reduzindo a uma fraqueza, já que essa ação reflete a dor da perda de alguém que era significativo.

“Precisamos acolher e nos esforçar para entender a dor que o enlutado carrega, porque quando falamos pare de chorar, estamos dizendo que não suportamos escutá-lo, estar ali com ele chorando. Ele não vai deixar de sentir vontade de chorar só porque alguém está dizendo para ele parar de chorar. Ela não chorará na sua frente, ficará com a dor só para si”, disse.

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