Diminuir mortes por câncer de mama depende de exame, diz especialista

prevenção é fator decisivo para salvar uma vida quando se trata de câncer. Foi ela, aliada a persistência e ao carinho por si mesma, que levou Bibiana Silveira da Silva, 37, a ser diagnosticada a tempo de tratar sua doença. Há cerca de dois anos a bióloga, moradora de Arvorezinha/RS, passou a sentir fortes dores no braço esquerdo. A jornada até o momento do diagnóstico de câncer de mama, feito somente em janeiro deste ano, foi longa e cheia de amor próprio.

As cicatrizes internas de uma cirurgia de redução de mama, realizada 5 anos atrás, prejudicava a visão dos médicos, que não foram capazes de reconhecer o nódulo. Entretanto, deixar por isso mesmo não era o caminho pelo qual Bibiana pretendia seguir. Apesar da recomendação para a realização do exame ser somente a partir dos 40 anos, já com 25 ela se preocupava em ter a mamografia em dia. O fato de a mãe ter falecido pela doença a levou a ter cuidados redobrados.

“É importante ir atrás, não deixar para depois. Um descuido e já pode ser tarde demais”. Seu tipo de câncer, triplo negativo, é menos comum e foi descoberto por meio da tomossíntese mamária. Depois da mastectomia das duas mamas, reconstrução com próteses e fazendo quimioterapia, a vontade de viver cresce cada vez mais. Bibiana ressalta a importância do apoio da equipe do Centro de Tratamento do Câncer (CTCAN) para atravessar esse momento. “Não é só a medicação que está entrando na veia, é todo o resto. As conversas, a orientação, o carinho, a sensibilidade”, relata.

Bibiana faz parte de uma estatística nada animadora. A incidência do câncer de mama vem crescendo cerca de 2% ao ano. Somente em 2016, são estimados quase 60 mil novos casos em todo o país. Em torno de 20% deles são entre mulheres jovens, com menos de 50 anos de idade. A cobertura mamográfica é um dos grandes desafios.

Acesso ao exame está longe do ideal

Em Passo Fundo, há pouco mais de 14 mil mulheres entre 50 e 69 anos, faixa etária na qual é recomendada a realização da mamografia anual, segundo o Ministério da Saúde. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde de Passo Fundo, no ano de 2014 foram realizadas 4.991 mamografias pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – cerca de 35% do público alvo. A expectativa é que cerca de 20% das mulheres façam o exame pela rede privada. Assim, na melhor das hipóteses 50% das mulheres entre 50 e 69 anos realizaram o exame em 2014.

Para 2016, os dados parecem mais otimistas: 4.274 exames até o final de setembro. Os dados demonstram uma realidade longe da ideal, principalmente ao considerar a indicação de exames a partir dos 40 anos de idade como recomendam a Sociedade Brasileira de Mastologia, Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica e outras muitas sociedades médicas espalhadas pelo mundo.

Diagnóstico precoce é a saída

Em 2015, foram registradas 32 mortes por câncer de mama em Passo Fundo, de acordo com dados do DataSUS. Trinta e três por cento a mais do que em 2014, quando o número ficou em 24. O total de mulheres internadas pela neoplasia também vem crescendo. Passou de 68 em 2014 para 105 em 2015, a maior parte delas entre 50 e 69 anos. Segundo o oncologista clínico do Centro de Tratamento do Câncer (CTCAN), Dr. Alvaro Machado, a mamografia é a principal arma na luta contra o câncer de mama. “O rastreamento do câncer de mama com mamografia salva vidas”. Segundo Machado, estudos com dezenas de milhares de mulheres mostra que a mamografia pode reduzir a mortalidade pelo câncer de mama em 20%.

O exame identifica o câncer precocemente, antes de qualquer sintoma ou de palparmos o nódulo no seio”, explica. Em Passo Fundo, há aparelhos suficientes e com tecnologia adequada. “Estamos até muito bem equipados, mesmo comparados com centros de alta tecnologia”. Outro grande aliado na redução da mortalidade é o tratamento. A tríade cirurgia, medicamentos e radioterapia, quando indicadas e administradas corretamente e em tempo hábil, reduzem a mortalidade do câncer. Mas a realidade pode mudar apenas por meio da conscientização.

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