Concentrado no fim de linha do Nordeste de Amaralina, o Bloco Fique de Olho alertou moradores e comerciantes do bairro sobre os casos de trabalho infantil e exploração sexual de crianças e adolescentes em grandes eventos de rua como o carnaval. A mobilização desta sexta-feira (14) marca a quinta parada do bloco este ano, que ainda vai passar por Cajazeiras, Liberdade e Pelourinho.
A ação, que faz parte da campanha ‘O Trabalho Infantil e a Exploração Sexual não aparecem como esta campanha’, da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), leva conscientização às pessoas de forma descontraída, com atrações e distribuição de materiais informativos sobre o tema.
No mutirão desta edição, a animação ficou por conta do Núcleo Nordeste de Amaralina do Neojiba e das crianças e jovens da Escola Bernardino e do Colégio Estadual Polivalente de Amaralina. “O Nordeste não trabalha as atividades pontualmente: trabalha o ano todo. O mês de fevereiro é somente para consolidar algo que vem sendo discutido: a LGBTfobia, a questão da exploração sexual infantil, do feminicídio. Eu acho que hoje só reforça esse apoio do Governo do Estado e também a participação efetiva de todos os segmentos sociais do bairro”, comentou a coordenadora do Centro Social Urbano (CSU) do Nordeste e uma das encarregadas da mobilização desta sexta, Andréia Macedo.
Acompanhando a ação de perto, Cícera Santos, moradora e organizadora do bloco de bairro As Direitinhas, parabenizou o movimento e destacou a importância de se discutir o trabalho infantil, especialmente no Carnaval. “Alguns pais tentam botar os filhos para trabalhar, coisa que não pode, ocupando a infância deles. Isso está muito errado e, no carnaval, a gente vê muito. É como falam: ‘Criança não trabalha, criança dá trabalho!’. Vamos viver a infância!”, reforçou.
Cajazeiras é o próximo bairro de Salvador a receber o Bloco Fique de Olho, que ocorrerá na próxima segunda-feira (17), às 10h.
