A madrugada desta quinta-feira (05/03) foi tensa na localidade do ‘Morro’, comunidade que fica entre o Calabar e o IBIT, na Avenida Centenário. A ocorrência foi entre 1h e duas horas. De acordo com moradores em contato com o Informe Baiano, uma equipe da Rondesp “invadiu duas casas” em busca de traficantes e suspeitos de participação no ataque ao ônibus em Ondina. Uma das residências chegou a ser arrombada.
“Eles tem que resolver o problema do Calabar atacando todo mundo? Invadiram e quebraram a porta, depois vasculharam tudo. Todos estavam de burucutus e mochilas nas costas. Foi a Rondesp! Eu não sou maluca, eu sei qual é a Rondesp. Não acharam nada porque é casa de trabalhador. Tavam dizendo que era boca de fumo. E na outra casa também entraram e não deixaram a dona sair. Ainda queriam entrar em outra casa, mas tinha grade. Não é assim que tem agir, não. Se fosse na casa de rico não invadia, só se tivesse mandado”, desabafou uma vizinha.
“A gente nem podia ligar pra ninguém, foi um pânico. Isso aí não é marca de policial, não. Tem nada que arrombar casa de ninguém, é brincadeira um negócio desse? Arrombar casa!? Eles queriam pegar alguém de bobeira. Só arrombaram pelo prazer de destruir o que não é deles. Mas graças a Deus que não foi pior. E no final, não acharam nada, ficaram com vergonha e eles viram que estavam errados”, disse outra mulher.
O IB entrou em contato com o comandante da Rondesp Atlântico, major Edmundo Assemany Júnior, que negou ilegalidades na investida.
“Fizemos incursão a noite inteira no bairro, mas não invadimos casa, não. Não faz parte da nossa linha de ação. Agimos no limite da lei. Estamos sufocando o tráfico. Estão tendo prejuízos sem a comercialização de drogas. Daí surgem essas denúncias visando que a polícia retroceda. Não vamos retroceder!”, respondeu o oficial da unidade especializada da PM.