Apenas nesta segunda-feira (13/04), duas operações foram desencadeadas contra integrantes da Polícia Militar e resultaram em quatro soldados presos, ambos em Pituaçu, na capital baiana. De acordo com a fonte do Informe Baiano, as ações não tem ligação, embora tenham sido realizadas no mesmo bairro, mas são semelhantes e envolvem extorsão mediante sequestro contra advogados de traficantes. Após a divulgação dos casos internamente, o clima ficou tenso na corporação e alguns colegas dos dois suspeitos presos na sede da Operação Apolo questionam a investida e dizem que foi “armação”.
Prisões na sede da Operação Apolo
Por volta das 17h, na sede da Operação Apolo, dois soldados lotados no Setor de Operações de Inteligência (SOInt) tiveram os mandados de prisão preventiva cumpridos por militares da própria unidade e do Batalhão de Polícia de Choque (BPCHq). Simultaneamente, nos bairros de Doron e Castelo Branco, foram cumpridos mandados de busca e apreensão. Uma viatura despadronizada da PM que supostamente teria sido usada em atos criminosos foi apreendida.
Os dois teriam abordado no dia 30 de março desse ano um advogado, por volta das 18h40, no bairro de Pituaçu. Inicialmente, segunda a denúncia, roubaram R$ 850 da vítima, que foi obrigada a embarcar no veículo conduzido pelos policiais. Em seguida, foi exigido o pagamento de R$20 mil para o mesmo não ser morto. Após diversas ligações, o advogado conseguiu R$15 mil e foi liberado, mas adotou as medidas jurídicas cabíveis e prestou queixa na Corregedoria Geral da PM. Os dois foram ouvidos na Corregedoria e estão presos no BPCHq.
Prisões de policiais da 40ª CIPM
O outro caso ocorreu na Av. Pinto de Aguiar, onde dois policiais militares lotados da 40ª Companhia Independente/Nordeste de Amaralina foram presos, por volta das 17h, por equipes do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) e do Serviço de Inteligência da 40ª CIPM.
De acordo com a fonte do IB, a dupla exigiu dinheiro do advogado de um marginal e foi combinado o pagamento em duas partes. Ainda de acordo com a fonte do IB, os acusados chegaram a receber a primeira parte do valor e restava uma parcela de R$10 mil, mas a vítima não aceitava quitar e então, acionou a Polícia Civil.
No local indicado pelos policiais para que a vítima deixasse a quantia exigida foi montada uma operação e as guarnições ficaram aguardando o desenrolar da ação. Depois da vítima ter deixado o valor no local combinado, os dois chegaram em uma moto para retirar o dinheiro, momento este em que receberam voz de prisão.
Foram apreendidos com os acusados 3 aparelhos celulares e 2 pistolas (calibres .380 e .40). Ambos foram conduzidos a sede do Draco, onde foi registrada a ocorrência. Em seguida foram o encaminhados à Corregedoria Geral da Policia Militar para adoção das medidas cabíveis. Ambos estão presos no Centro de Custódia Provisória, na Mata Escura.