A travesti Jade, morta a tiros na noite de sábado (02/05), no Centro de Camaçari, foi enterrada na tarde deste domingo por amigos e familiares. Por conta da pandemia do coronavírus, menos de 20 pessoas participaram do último adeus. A despedida teve um ritual fúnebre com cânticos organizado pelo terreiro que Jade frequentava. Veja abaixo no vídeo.
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Em um grupo de WhatsApp, amigas da vítima disseram que a garota de programa era uma pessoa de bem e lamentaram o crime bárbaro. Presidente do Grupo Liberos Avantes de Trans, Israylla Drumond relatou que Jade não usava drogas e não tinha ligação com a criminalidade. Além disso, “sempre foi solidária” e “não deixava niguém passar fome”.
“Inexplicável o que aconteceu. São muitos casos de agressão e todas as mortes que acontece ali ficam por isso mesmo. Queremos justiça”, desabafou.
Por meio de nota, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania de Camaçari (Sedes) lamentou o crime e disse que “não podemos nos calar”.
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Assassinato de Jade
A travesti de 35 anos foi assassinada por volta das 19h, na Avenida Radial B, na região do Centro, próximo a agência da Caixa. A vítima foi identificada pela polícia como Reinaldo de Jesus Santos, seu nome de batismo.
Populares disseram que dois bandidos em uma moto se aproximaram de Jade, que chegou a correr, mas acabou baleada duas vezes na cabeça. Uma das suspeitas é que ela pode ter sido vítima de assalto. A motivação e autoria da morte são investigadas pela Delegacia de Homicídios de Camaçari.