Traficantes que atuam nos bairros de Fazenda Grande do Retiro e Uruguai soltaram fogos na tarde desta quinta-feira (21/05) após a notícia sobre a libertação de Washington David Santos da Silva, 34 anos, o ‘Boca Mole’, que foi beneficiado com liberdade condicional. Apontado como chefão da facção, ‘Boca Mole’ saiu do Conjunto Penal de Lauro de Freitas usando uma tornozeleira eletrônica, mas o aparelho perdeu o sinal, de acordo com a fonte do Informe Baiano. O IB tenta confirmação da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), que ainda não se manifestou. Veja abaixo um vídeo que mostra a comemoração dos bandidos com liberdade de ‘Bola Mole’.
Na decisão, o juiz responsável pelo caso, Jeine Vieira Guimarães, determina que ‘Boca Mole’ terá que respeitar algumas restrições, como por exemplo, não sair de casa aos finais de semana e recolher-se pontualmente até às 22:00 horas. Além disso, obter ocupação lícita dentro de 90 dias. Também não pode frequentar bares e festas.
Ainda de acordo com a fonte do IB, o homem é investigado por mais de 60 homicídios e além de tráfico, já foi preso por porte ilegal de armas e tentativa de suborno, chegando a oferecer, em 2013, R$100 mil a guarnição da Polícia Militar para ser liberado. Na ocasião, portava uma metralhadora Bereta, calibre 9 mm, de uso restrito da polícia. Ele ainda é suspeito de roubo de carro e assalto a banco
‘Boca Mole’ atuaria nos bairros de São Caetano, Capelinha de São Caetano, Boa Vista de São Caetano, Mata Escura, Santo Inácio e Cajazeiras.
Em nota enviada ao Informe Baiano, a advogada Rebeca Matos, que representa Washington David, afirmou que o homem “não responde por 60 homicídios” e “essa informação não é verdadeira”.
“Ele tem um processo na vara de combate a organização criminosa, onde foi concedida a revogação da prisão preventiva, um crime de roubo e tem uma execução penal que lhe foi concedido o Livramento Condicional por ter bom comportamento (elemento subjetivo exigido) e tempo de cumprimento de pena adequando (elemento objetivo)”, pontuou.
“Nos autos da execução penal do mesmo não há nenhuma decisão revogando o Livramento Condicional do mesmo, bem como não há nenhuma decretação de prisão preventiva nos processos em curso, o que comprova que o mesmo não é e nem pode ser considerado foragido”, acrescenta Matos.
“A defesa ainda informa que a suposta falta de sinal da tornozeleira eletrônica não pode ser elemento exclusivo para que uma pessoa seja considerada foragida, seria necessário uma decisão judicial devidamente fundamentada pelo juiz que condicionou o uso do equipamento, o que não ocorreu. Dessa forma, a defesa reafirma que Washington David NÃO É FORAGIDO DA JUSTIÇA, e não autoriza a divulgação da sua imagem, por não ser procurado pela justiça”, finaliza a advogada Rebeca Matos.