Protagonista da série da Netflix “Cursed – A Lenda do Lago”, a atriz Katherine Langford afirma que a “mudança de perspectiva não é comum nas lendas arturianas, mas é necessária”. Na trama de fantasia, romance e ação, uma das mais assistidas do Brasil neste mês, a personagem Nimue, interpretada por Langford, assume o comando de uma das histórias dos Cavaleiros da Távola Redonda.
“Sinto que agora é um momento incrível porque, apesar de ainda temos muito para aprender e progredir, é incrível saber que existe uma consciência e preocupação social sobre ver mulheres no protagonismo dessas histórias. E ouvir histórias de todas as pessoas, em geral. É emocionante que a premissa disso, termos uma mulher no epicentro desse conto lendário, é algo que será reconhecido. Não dependemos de tempo, era ou período, sempre foi importante ver exemplos de si mesmo, que você pode assistir. De novo, quando falamos de mulheres, historicamente, não tivemos esses papéis de heróis nas principais histórias, o que é triste e confuso, porque sempre fomos heroínas, só acho que não fomos reconhecidas como heroínas. É algo irônico”, aponta.
A série foi lançada em 17 de julho e a jovem Nimue tem poderes misteriosos. No início da história, ele passa por preconceitos por ser uma bruxa e perde vários amigos, além de familiares, em um ataque comandado pela Igreja Católica. Ferida, a mãe faz um último pedido e a jovem passa a ter o objetivo de encontrar o mago Merlin (Gustaf Skarsgård) para entregar uma espada ancestral. No desenrolar da jornada, situações inusitadas e intrigantes ocorrem.
“A fantasia é um gênero incrível que não apenas providencia o escapismo, mas às vezes também reflete problemas que vemos no dia a dia. Em ‘Cursed’ tocamos em pontos como destruição da natureza, guerras sem sentido e opressões. E é interessante porque acredito que agora, mais do que nunca, há uma grande preocupação social sobre esses problemas”, opina Langford.