Setenta e dois mil reais depositados na conta da esposa do então deputado federal Jair Bolsonaro pelo assessor Fabrício Queiroz. A informação divulgada nessa sexta-feira (7) pela Revista Crusoé aponta que, entre 2007 e 2018, o ex-assessor fez esses depósitos na conta da atualmente primeira-dama Michelle Bolsonaro, o que derruba a hipótese levantada pelo já presidente da República de que se tratava do pagamento de empréstimos.
Ainda segundo a reportagem da Crusoé, que teve acesso à quebra do sigilo bancário de Queiroz, as somas depositadas na conta da primeira-dama não foram nem 24 mil nem 40 mil reais, como havia sustentado Jair Bolsonaro. Em entrevista ao Antagonista, o senador Major Olímpio (PSL/SP), ao comentar o caso, foi irônico e afirmou que Queiroz é muito “bondoso” e que agia como “diretor financeiro de uma holding familiar”. Segundo a Crusoé, não há registros de depósitos feitos por Bolsonaro na conta de Queiroz, o que configuraria o alegado empréstimo.
As redes bolsonaristas, entretanto, apontam pesselistas como Olímpio, Joice Hasselmann e a baiana Professora Dayane Pimentel como os errados, os “traíras”. O certo é fechar os olhos para as movimentações suspeitas realizadas nos gabinetes dos então deputados Flávio e Jair Bolsonaro? A reportagem da Crusoé mostra ainda que a esposa de Queiroz e ex-assessora de Flávio Bolsonaro, Márcia de Oliveira Aguiar, depositou R$ 17 mil na conta de Michelle por meio de seis cheques. “Bondade”, segundo a ironia de Olímpio.
