Autoridades chinesas anunciaram essa semana que iriam começar a usar o swab anal para diagnosticar a Covid-19. O método consiste em introduzir no ânus uma haste flexível para colher amostras de material orgânico e que depois serão analisados em laboratório para detectar se há presença do coronavírus. Geralmente o teste é feito via o nariz e na boca. No padrão swab nasal as amostras lá são coletadas no fundo da garganta.
De acordo com especialistas chineses, o novo exame tem maior precisão maior, pois traz resultados mais confiáveis e seria particularmente útil em algumas situações especiais.
A ideia de fazer testes laboratoriais pelo ânus não é particularmente nova. Exames de fezes e colonoscopia, por exemplo, são métodos para o diagnóstico de uma série de doenças, a exemplo de infecções gastrointestinais ao câncer colorretal.
Ainda nos primeiros meses de pandemia, os médicos notaram que a doença não se limitava aos sintomas respiratórios e muitos pacientes apresentavam incômodos gastrointestinais, como cólicas e diarreia.
Portanto, do ponto de vista das características da enfermidade, pensar num swab anal não é tão estranho assim — apesar de não existir nenhuma evidência contundente até o momento mostrando que ele seria superior ou traria resultados melhores do que a análise feita pelo nariz e pela garganta.