Câmara Federal já criou um grupo de trabalho para formar uma comissão, que iniciará os estudos com o objetivo de decidir como serão as eleições em 2022 para os parlamentos estaduais e federal.
Em conversa com o Informe Baiano na noite desta segunda-feira (01/03), o presidente estadual do Podemos, deputado federal Bacelar, afirma ser “muito difícil a volta das coligações” e no máximo o que aconteceria seria “uma federação de partidos”. Ou seja, uma união durante toda a legislatura sob pena de perda de recursos e supostamente um mecanismo para salvar os partidos pequenos.
Conforme o parlamentar, “fala-se muito no distritão, que elege os mais votados”. Porém, o modelo, que é da mesma forma que a eleição para senador, divide opiniões.
“Isso só é bom para quem tem mandato, mas não é bom para o país. É bom para quem tem dinheiro. Além disso, acaba com os partidos. E o partido que é grande não quer que retorne coligação”, pontuou.
Bacelar externou ainda ser favorável de manter o sistema eleitoral “do jeito que está, sem coligações” e no sistema proporcional.
“Quem não puder fazer chapa, não faz. Vai viver a vida toda com partidos artificiais? Essa quantidade de partido é excessiva, talvez no futuro pode pensar em um distrital misto”, sugeriu.
O líder do Podemos exemplificou como seria o distrital misto, baseado no estado da Bahia.
“Hoje são 63 estaduais. Então, você divide a Bahia em 30 distritos. Com isso, 33 se elege pelo sistema atual e outros 30 pelo distrito.. Salvador, por exemplo, teriam uns 30% dos distritos da Bahia, pois tem uma população maior. E a outra continua proporcional e sem coligação. Aí você contempla as duas coisas. O distrito você tem os deputados que mais votados na região e o proporcional é no estado”, concluiu Bacelar.