Com dificuldades para encontrar um partido pelo qual possa disputar a reeleição em 2022, o presidente Jair Bolsonaro vem descobrindo dia após dia que seu cacife está cada dia menor, que é rejeitado pelos grandes partidos, inclusive pelo PSL, sigla pela qual foi eleito e no qual agora tenta reingressar com vistas ao controle do fundo eleitoral e do tempo de rádio e TV.
O presidente havia deixado o PSL afirmando que a sigla era formada por traidores, dentre os quais o presidente nacional Luciano Bivar, a quem ele se referiu como alguém que estava “queimado”. Agora Bolsonaro busca apoio do mesmo Bivar para reingressar ao partido pelo qual se elegeu e ainda pede a expulsão de desafetos que ele mesmo criou em sua sanha persecutória com a qual conseguiu implodir uma base que dava a ele apoio substancial.
O deputado federal Luciano Bivar recusou as condições impostas por Bolsonaro e negou-se a expulsar da sigla nomes como Julian Lemos (PB), Joice Hasselmann (SP), Junior Bozzella (SP), Heitor Freire (CE), Delegado Waldir (GO) e Professora Dayane Pimentel (BA). A altivez do presidente nacional do PSL torna-se um grande empecilho para o presidente da República que vê frustrado seu plano de ter um partido de aluguel ou para “chamar de seu”.
Resta ao capitão reformado conversar com Patriotas, PP, PTB e os nanicos DC e PMB. Pela mudança de rumos que Bolsonaro tomou após assumir a cadeira presidencial, faria sentido ele ingressar no PTB do mensaleiro condenado Roberto Jefferson.