Uma mulher de 18 anos denunciou o marido à polícia por tortura e cárcere privado em Porto de Moz, no sudoeste do estado do Parán, na última sexta-feira (02/07) . A vítima revelou que vivia acorrentada e não saía de casa havia dois anos. Ela tem várias marcas de queimaduras de faca quente pelo corpo. O criminoso está foragido. A jovem foi encontrada por uma aposentada no meio da rua, machucada e chorando muito.
“Eu nunca tinha visto aquela menina, ela estava tão desesperada que não conseguia dizer nada, perguntei quem tinha batido nela, e ela disse que foi o marido, só pensei na polícia e corremos para a delegacia”, afirmou a aposentada.
A polícia registrou o caso como violência doméstica com base na lei Maria da Penha, e solicitou a prisão do suspeito, que estava foragido nesta quarta-feira (07/07).
A vítima não tem documentos, é natural da cidade de Portel, na Ilha do Marajó, e se mudou para Porto de Moz há três anos, onde passou a morar na comunidade ribeirinha do Majari. Foi lá que ela conheceu o companheiro. Ela conta que as agressões teriam começado depois de alguns meses de relacionamento.
Segundo a polícia, em depoimento, ela contou que era obrigada a manter relações sexuais, que eram marcadas por sessões de tortura. O marido aquecia uma faca no fogão e passava o objeto quente em seu corpo, inclusive em seus órgãos genitais. Após conseguir convencê-lo a levá-la para a cidade sob a promessa de se manter quieta, ela consegui fugir.
A polícia solicitou exame de corpo de delito. Uma equipe de profissionais da saúde e da secretaria da mulher está acompanhando a mulher, que ainda está em Porto de Moz.