Em postagem realizada na manhã deste domingo (22), em suas redes sociais, a deputada federal e presidente do PSL na Bahia, Professora Dayane Pimentel, lembrou que defendia a CPI da Lava-Toga contra membros do Supremo Tribunal Federal enquanto o presidente e seus filhos buscavam enfraquecer o movimento que tomava corpo em Brasília.
Os ataques atuais do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) à Corte ressoam como “cortina de fumaça” para mascarar o péssimo desempenho do governo e também de Bolsonaro nas pesquisas. Pelo que se observa nas reações dos membros do Congresso Nacional e do próprio Supremo, as investidas bolsonaristas devem fracassar.
“Em 2019, participei da manifestação em favor da CPI da Lava-Toga em frente ao STF. Discursei sobre a necessidade de lutar para que os ministros do Supremo não sejam intocáveis, pois penso que a lei precisar ser para todos. Eu estava lá, não xinguei ninguém, não ameacei ninguém, reiterei minhas críticas ao STF sem caluniar ou injuriar nenhum dos componentes”, escreveu a parlamentar, no Instagram e no Facebook, na manhã deste domingo.
Enquanto a deputada baiana defendia o andamento da CPI da Lava-Toga, em 2019, a família Bolsonaro opunha-se ao processo no Congresso – notadamento o senador Flávio Bolsonaro, que fez pressão sobre senadores e deputados para barrar o avanço do movimento.
O senador e filho do presidente, naquele ano, já era investigado no escândalo das “rachadinhas”, suposto sistema corrupto para ficar com parcela do salário dos servidores lotados no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Os ataques atuais ao STF são vistos como uma cortina de fumaça para mascarar o baixo desempenho em pesquisas eleitorais e de avaliação do governo Bolsonaro.
A parlamentar baiana entende que deve haver uma forma diferente para a escolha dos integrantes do Supremo. “Naquela ocasião, apenas relatei situações e fatos para mostrar à sociedade que precisamos de um modelo mais justo na escolha de quem está no topo da análise constitucional. Vale lembrar que o movimento Lava Toga foi enfraquecido pelo próprio presidente e seus filhos. Ações falam mais do que discursos e contra fatos não há argumentos”, concluiu a Professora Dayane.