O diretor do Sindicato dos Rodoviários Metropolitanos, Mário Cléber, rebateu as declarações do secretário de Mobilidade de Salvador, Fábio Mota, nesta quinta (16), em entrevista ao Informe Baiano. O gestor da capital afirmou que os ônibus metropolitanos “entram todos os dias em Salvador caindo aos pedaços”.
Para o sindicalista, o problema “é a falta de combate ao transporte clandestino”, que “entra em todos os lugares, nas barbas do secretário, que impotente ou desleixado, nada faz. Estranho”, contestou.
“O sistema integra foi vendido a preço de ouro e atualmente não vale um real. O secretário quer que o sistema metropolitano pague esta conta”, afirmou.
“Os veículos que fazem o transporte metropolitano são velhos sim, mas tem operadores de extrema presteza e eficiência. Outro fator importante é que enquanto passa 5 ônibus metropolitanos, só passa um urbano. E o secretário nada faz para mudar este quadro e continua impotente ou displicente”, acusou.
Mário Cléber afirmou ainda que “o vereador Toinho Carolino acertou em cheio nos questionamentos, pois mais de 60% da frota do urbano não foi adquirida nova e sim foi pintada. São os mesmos carros de antigamente em roupagem nova”.
Ele também fez uma comparação entre o transporte de Salvador e da Região Metropolitana.
“Enquanto Salvador tem 2.600 ônibus para 2.675.000 habitantes, a Região Metropolitana tem 1.100 veículos para 809.583 pessoas. Geometricamente, Salvador tem um ônibus para cada 1.028 habitantes, enquanto a RMS tem para 735 habitantes um coletivo. Esses dados são da AGERBA”, finaliza Mário Cléber.