A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta quinta-feira (20) autorizar a aplicação da vacina CoronaVac em crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos, incluindo um veto ao uso em pessoas com baixa imunidade
Veja, abaixo, seis pontos de destaque da decisão:
CoronaVac está liberada para público entre 6 e 17 anos
Não pode ser aplicada imunossuprimidos, que são pessoas com baixa imunidade
Aplicação está liberada para público com comorbidades (doenças ou condições prévias que agravam a Covid-19)
Imunização será em duas doses aplicadas em intervalo de 28 dias
Vacina é a mesma usada em adultos, sem adaptação de versão pediátrica
Anvisa não determinou quando começa a vacinação: distribuição de doses, cronograma e alteração de planos dependem dos estados e do Ministério da Saúde
A decisão unânime (todos os cinco diretores foram favoráveis) foi tomada na análise do segundo pedido apresentado pelo Instituto Butantan para liberação do imunizante contra a Covid-19 para crianças. O Butantan buscava licença para imunizar a faixa a partir de 3 anos, mas a agência optou por aguardar até que mais estudos sejam apresentados sobre crianças abaixo dos 6.
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Quem são os imunossuprimidos ?
As pessoas com baixa imunidade são chamadas de imunossuprimidas ou imunocomprometidas.
Não há relação direta entre pessoas com comorbidades (que tinham doenças prévias como hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares) e imunossuprimidos, embora as duas condições possam ocorrer em um mesmo paciente.
O grupo dos imunosuprimidos considera, por exemplo, pessoas com câncer, pessoas vivendo com HIV, transplantados e outros com o sistema imune fragilizado, o que deixa o paciente mais suscetíveis a infecções.
Na primeira etapa da vacinação, o Ministério da Saúde considerava entre os imunossuprimidos:
Pessoas transplantadas de órgão sólido ou de medula óssea;
Pessoas com HIV e CD4 <350 células/mm3;
Pessoas com doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida;
Pessoas em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias;
Pessoas com neoplasias hematológicas, como leucemias, linfomas e síndromes mielodisplásicas;
Pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses.