Os preços da soja no mercado brasileiro encerraram a semana em queda, mesmo com a reação do dólar. A Bolsa de Chicago teve mais um dia de perdas, o que pressionou ainda mais os valores no país. Segundo a Safras Consultoria, os prêmios continuam sob pressão.
Apesar disso, alguns produtores realizaram bons volumes de negócios na semana, visando obter recursos financeiros para pagar custos e liberar espaço nos armazéns. A colheita da safra está avançando bem, o que também exerce pressão sobre o mercado.
Confira as cotações internas:
- Passo Fundo (RS): R$ 165,00 (estável)
- Região das Missões: R$ 166,00 (estável)
- Porto de Rio Grande: R$ 171,00 (baixa de R$ 1,50)
- Cascavel (PR): R$ 153,00 (baixa de R$ 2,00)
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 164,00 (baixa de R$ 2,00)
- Rondonópolis (MT): R$ 149,00 (baixa de R$ 1,00)
- Dourados (MS): R$ 150,00 (baixa de R$ 1,00)
- Rio Verde (GO): R$ 147,00 (estável)
- Contratos futuros da soja em Chicago fecham em queda
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos futuros da soja em grão também encerraram a sexta-feira em queda, acumulando perdas ao longo da semana. O clima de aversão ao risco no mercado financeiro e o avanço da colheita no Brasil foram os principais fatores que contribuíram para mais um dia de recuos.
Além disso, a preocupação com o sistema bancário global também afetou o fluxo de capital externo, que procurou portos seguros, causando a queda de cerca de 2% no preço do petróleo e pressionando as commodities agrícolas.
A troca de interesse da demanda chinesa dos Estados Unidos para o Brasil e a previsão de chuvas na Argentina também adicionaram pressão sobre os contratos futuros da soja. Mesmo com as perdas irreversíveis causadas pela estiagem, a colheita da maior safra da história brasileira contribuiu para as perdas.
Contratos futuros:
- Soja em grão com entrega em maio: baixa de 15,00 centavos ou 1% a US$ 14,76 1/2 por bushel.
- Posição julho: cotação de US$ 14,61 1/4 por bushel, com perda de 14,75 centavos de dólar ou 0,99%.
- Farelo: posição maio fechou com baixa de US$ 8,00 ou 1,68% a US$ 466,00 por tonelada.
- Óleo: contratos com vencimento em maio fecharam a 57,46 centavos de dólar, com perda de 0,27 centavo ou 0,46%.