O submarino americano com mísseis guiados que foi enviado à Coreia do Sul chegou ao porto de Busan, sudeste do país, nesta terça-feira (25). A chegada do USS Michigan foi confirmada por Seul, de acordo com as agências Associated Press e Efe.
Uma autoridade da Marinha da Coreia do Sul disse que o submarino fez uma parada de rotina para que a tripulação descanse e o veículo seja reabastecido. Ele não deve participar dos exercícios navais conjuntos entre EUA e Japão que ocorrem na região desde o último domingo.
A chegada do submarino coincide com o exercício com fogo real realizado na Coreia do Norte por ocasião do 85º aniversário da fundação de seu exército. Segundo fontes do governo da Coreia do Sul, citadas pela agência de notícias sul-coreana “Yonhap”, o líder norte-coreano Kim Jong-un teria testado artilharia de longo alcance.
Além do submarino, os EUA enviaram à península da Coreia o porta-aviões americano Carl Vinson, em resposta aos contínuos testes balísticos norte-coreanos.
‘Medidas de auto-defesa’
A Coreia do Norte disse na segunda (24) que reforçará suas “medidas nucleares de auto-defesa”, após a ordem de Washington de enviar para a península coreana o porta-aviões Carl Vinson, em resposta ao lançamento de um míssil norte-coreano no início do mês.
As forças armadas da Coreia do Norte “responderão com golpes mortais” e resistirão “qualquer tentativa de guerra total com um ataque nuclear sem piedade”, disse o regime.
‘Todas as opções na mesa’
O presidente americano Donald Trump e vários altos funcionários de sua administração advertiram a Coreia do Norte que “todas as opções estão sobre a mesa” no caso dos programas nuclear e balístico de Pyongyang, incluindo a opção militar.
Trump afirmou na segunda-feira que o Conselho de Segurança da ONU deveria “estar preparado” para impor novas sanções a Pyongyang. A ONU já aprovou seis séries de sanções contra a Coreia do Norte.
China pede cautela
Em um telefonema a Donald Trump nesta segunda-feira, o presidente da China, Xi Jinping, pediu que todos os lados demonstrem cautela. A China é a única aliada da Coreia do Norte, mas tem expressado revolta com seus programas nuclear e de mísseis e frustração com a beligerância do regime.
Pequim, que vem pedindo a desnuclearização da península coreana, está cada vez mais receosa de que a situação saia de controle, levando a uma guerra e ao colapso total de seu vizinho isolado e empobrecido.
Na conversa, Xi disse a Trump que seu país se opõe resolutamente a qualquer ação que contrarie as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, segundo o Ministério das Relações Exteriores chinês.