Uma criança de 4 anos morreu na última quinta-feira (01/06) em decorrência de uma síndrome respiratória aguda grave, no Hospital Professor Eládio Lasserre, localizado no bairro de Águas Claras, em Salvador. Em razão disso, a família de Isabella da Conceição da Silva realizou um protesto nessa segunda-feira (05/06), onde pedem a responsabilização de uma pediatra por suposta negligência durante o diagnóstico da menina.
Isabella apresentou um quadro forte de sintomas gripais, como febre alta. Em razão disso, a mãe levou a menor na unidade médica no dia 30 de abril. Como destacam os parentes da criança, a médica não solicitou exames e liberou a menina para casa medicada com dipirona.
“A minha neta esteve aqui na terça-feira, e uma médica chamada Jamile Brasileiro, pediatra, atendeu a minha neta. Não pediu um simples exame de raio-x, que eu acho que resolvia. Ela disse que a minha neta estava com virose e mandou ela pra casa medicada com dipirona e outro remédio, disse o avô, Agnaldo da Conceição, em entrevista à TV Bahia.
Ainda de acordo com a família, Isabella voltou a vomitar bastante e apresentar forte febre no dia 31 de abril, quando foi novamente encaminhada à unidade. Ao ser atendida por uma outra profissional, foi constatado um estado de saúde mais grave, que estaria evoluindo para uma pneumonia.
Em razão disso, a profissional encaminhou a menina para exames, como raio-x e tomografia, que constataram que a criança estava com um pulmão parado e o outro comprometido. “Primeiro colocou ela no oxigênio, depois vieram informar à família que o raio-x confirmou que o pulmão estava parado e ela teria que ser intubada, e não tinha condições de ficar neste hospital, ia transferir minha neta”, contou a avó de Isabella, Consuelo Machado.
A criança precisou ser intubada e medicada, mas acabou morrendo no dia 1º de junho. “Quando conseguiu [a transferência], a bichinha veio em óbito e parou [o coração], infartou. Uma menina saudável, não andava doente. Nós queremos justiça pela nossa estrelinha”, pediu a avó, em manifestação na frente do hospital.
O corpo de Isabella foi levado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), onde passou por necropsia. Conforme a certidão de óbito, as causas da morte foram síndrome respiratória aguda grave, choque séptico e pneumonia complicada.
A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) explicou que foram adotadas “condutas compatíveis” ao quadro de saúde da menina, e ela passou por todos os exames e prescrição médica necessários. “Haverá uma apuração para verificar as circunstâncias em que o fato ocorreu”.
O corpo de Isabella foi sepultado no último sábado (03/06). Agora, a família pede justiça.