O ministro da Casa Civil, Rui Costa, concedeu uma entrevista ao jornal O Globo, na qual abordou as tensões políticas no início do governo, destacando que eram previsíveis e naturais. Ele ressaltou o processo de distensionamento nas relações entre os Poderes e falou sobre as prioridades do governo para o segundo semestre, incluindo o lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O ministro destacou que, no cenário político, não há espaço vazio, e que, como o governo estava em fase inicial, outros atores institucionais ocuparam esse espaço. No entanto, à medida que o governo passou a ocupar seu lugar e assumir a governança, as coisas foram se acomodando.
A prioridade N° 1 no segundo semestre é o Novo PAC.
Ampliaremos investimentos federais com previsão em torno de R$ 60 bi/ano, além de PPPs e concessões. Vamos financiar estados e municípios com margem de empréstimo para investimentos via Caixa, BB, BNDES e Banco do Nordeste.
— Rui Costa (@costa_rui) July 16, 2023
Costa também mencionou a existência de “fogo amigo” no governo, referindo-se a pessoas que plantam notícias. Ele afirmou que, como ex-governador da Bahia, observou mais unidade e coesão em seu estado do que às vezes se percebe no Palácio do Planalto. O ministro expressou seu incômodo com a propagação de inverdades e fake news, destacando a rapidez da disseminação de informações atualmente.
Sobre a relação com o Congresso, Costa declarou que a partir de agora será possível abrir a agenda para interlocução com os congressistas. No entanto, ele ressaltou que não participará da articulação política, a menos que seja solicitado pelo presidente. O ministro reforçou que sua ênfase está na gestão de governo e que não é possível conciliar essa função com a articulação política.
O ministro destacou o processo de distensionamento que ocorreu ao longo do tempo, com muitas reuniões e diálogos. Ele ressaltou a diminuição de intrigas e fofocas, que contribuíram para criar um ambiente mais favorável.
Quanto a eventuais mudanças na composição do governo, Costa considerou indevido que os ministros façam especulações, pois isso fragiliza o governo. Ele destacou que o presidente será responsável por qualquer mudança e que, quando ocorrerem, a vida seguirá e o governo continuará.
Por fim, o ministro falou sobre as prioridades do governo para o segundo semestre, sendo o lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a principal delas. Ele informou que estão trabalhando com uma perspectiva de investimento de R$ 60 bilhões por ano, além das concessões e parcerias público-privadas (PPPs).