Pagamentos atrasados, serviços suspensos e ameaças de demissões atingem mais de 200 municípios baianos por causa da redução do repasse de verbas pelo Governo Lula. Nesta quarta-feira (30/08), 318 dos 417 prefeitos da Bahia aderiram à paralisação contra as reduções dos repasses pelo FPM.
Um prefeito ligado ao ministro da Casa Civil Rui Costa e que fez intensa campanha para Lula confessou ao Informe Baiano que se “arrependimento matasse eu já estava enterrado”.
“Os repasses federal e estadual não acontecem. As pessoas cada dia mais aumentando a estatística de mortes na fila da regulação. A capital e as grandes cidades dominadas pelo crime com um aumento absurdo da violência e de assassinatos em toda Bahia. Nosso governador está brincando de ser governador, ainda não caiu na real”, disparou.
“Eu estou assustado, preocupado, não adianta ficar fazendo visita. Não adianta inaugurar pista nova. Se não tiver recurso a gente não paga o servidos e a economia não gira”, desabafou.
Em Ibititá, na região de Irecé, prestadores de serviços, trabalhadores da limpeza, profissionais autônomos e até fornecedores de alimentos, como frutas e verduras, ameaçam paralisar as atividades, o que pode afetar o fornecimento de serviços básicos à população e até o funcionamento das secretarias municipais.
A Prefeitura de Ibititá disse que com a nova Lei do Siafic a gestão teve de reduzir a quantidade de pagamentos e isso acabou dificultando a organização. “Sobre os prestadores de serviço, o recurso já foi passado à empresa responsável”, respondeu em nota um preposto da Prefeitura.