Governo e ONGs sinalizam transparência nos números da violência da Bahia

“Vô batê pa tu, batê pa tu, pa tu batê
Pa amanhã a pá não me dizer
Que eu não bati pa tu, pa tu podê batê”
(Vô batê pa tu, de Arnaud Rodrigues e Orlandivo)

Há algo de novo no ar, na área da segurança pública da Bahia. E não são as balas perdidas dos constantes tiroteios entre facções de traficantes e entre elas e a polícia, que acabam vitimando inocentes. A novidade é a busca da transparência dos dados e da troca de informações entre os órgãos de segurança e entidades não-governamentais que se dedicam a pesquisar e estudar a questão da violência.

É uma mudança e tanto. Até então, o governo estadual via essas entidades como adversárias políticas e costumava desqualificar os estudos que elas produziam. Relatórios de organismos independentes sobre a evolução da violência no Estado eram costumeiramente desacreditados pela Secretaria da Segurança Pública.

Tal prática ganhou força durante os oito anos do mandato do ex-governador Rui Costa, quando a Secretaria deixou de publicar em seu site na internet a estatística diária das mortes violentas intencionais ocorridas no território baiano.

A atualmente ocupando a chefia da Casa Civil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-governador Rui Costa, aliás, segue mantendo a mesma posição: em agosto passado por exemplo, em entrevista à Globo News, ao ser questionado sobre os crescentes índices de letalidade policial durante seu governo, apurados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ele afirmou que os dados coletados pela entidade seriam inválidos, pois comparavam “melancia com abacaxi”:

“Eu não reconheço, me desculpe, nenhum parâmetro ou nenhuma comparação, não reconheci e não reconheço, de ONGs que fazem publicações sobre questão de segurança”, disse.

Pois bem, agora, partiu da Secretaria da Segurança Pública a iniciativa de realizar o workshop “Re(Alinhando) Dados para a Promoção da Paz e de Políticas de Segurança e Prevenção à Violência na Bahia”, tendo entre os convidados o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Instituto Fogo Cruzado, a Iniciativa Negra e outras instituições não-governamentais, além de representantes das forças de segurança, de secretarias estaduais e de outros órgãos oficiais.

O workshop é uma oportunidade valiosa para unir esforços no combate à violência, pois através do compartilhamento de conhecimentos e experiências, é possível aprimorar estratégias e fortalecer a segurança na comunidade, destacou o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner.

Mas, e quanto à impossibilidade de comparar abacaxi com melancia? Simples: “O governo entende que as instituições que produzem dados sobre segurança pública podem aportar uma contribuição importante para o aprimoramento das metodologias de produção de dados e, ao mesmo tempo, aproveita para apresentar iniciativas no campo da transparência e da formulação de políticas públicas de prevenção a violência”, explicou Felipe Freitas, secretário estadual da Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social.

Então, parece que vai ficar combinado assim, ninguém vai mais esconder informação e todos seguirão a recomendação da satírica canção citada na abertura deste artigo e sucesso enorme nos anos 1970 da dupla Baiano e os Novos Caetanos (personagens de Arnaud Rodrigues e Chico Anísio): uns informam a outros, para que esses outros possam deixar muitos outros bem informados.

Agora, se vai dar certo a gente vai saber nos próximos dias, quando começarem a ser divulgadas as estatísticas policiais do mês de setembro. No âmbito da polícia, fala-se, por exemplo, em pouco mais de 50 mortos em operações policiais. A imprensa vai mais além e registra mais de 60 mortes nos confrontos.

Mas as ONGs que acompanham o tema garantem que o número de mortos pela força policial é ainda mais superior.
Por fim: falta agora informar a decisão de dar transparência ao governador Jerônimo Rodrigues. Fiel seguidor do negacionista Rui Costa, ele segue fugindo como o diabo da cruz de jornalistas que lhe fazem perguntas sobre segurança. Aparentemente, orientaram o governador a evitar o tema, com o argumento de que o assunto deve ser tratado tão somente pela área de propaganda do governo, onde é possível ter todo controle. Ao que parece, ele acreditou.

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