O jovem assassinado de forma brutal por traficantes do Bonde do Maluco (BDM) e jogado em Jardim Santo Inácio não tinha envolvimento com a criminalidade. Wanderson, como era conhecido, usava remédio controlado e foi curtir um paredão na localidade dominava por uma facção rival ao bairro que ele morava, segundo amigos em contato com o Informe Baiano, na noite deste sábado (30/03). O crime aconteceu no período da tarde no Calabetão, onde a vítima foi torturada por dois dias e executada com vários tiros. Em seguida, teve o corpo jogado no bairro vizinho.
A fonte do IB relatou ainda que traficantes do BDM sabiam que a vítima não era integrante do CV e “matou por pura maldade”. Ainda obrigaram o rapaz a gravar vídeo com informações falsas. O CV controla a venda de entorpecentes no Jardim Santo Inácio. Já o Calabetão é dominado pelo BDM. O jovem não morava em nenhum dos dois locais. Ele residia na Cirlândia de Boa Vista de São Caetano, local que também dominado pelo CV.
“Inocente total. Não se envolvia. Ele estava desde sexta-feira com o pessoal do tráfico, que sequestrou ele. Os caras fazendo perversidade com ele. O tal do Faísca que mandou matar ele. Mas não era envolvido. E os assassinos sabiam que ele não era envolvido. Mesmo assim matou o rapaz só porque ele morava em um bairro que é de outra facção, no caso o CV. Quem mora na área do CV não pode na área do BDM. Já aconteceram várias mortes aqui por isso”, contou a fonte do IB.
O morador revelou ainda que a vítima estava sem tomar o remédio e chegou a subir em uma viatura, sendo repreendida por populares. “Isso prova que ele não estava bem. Está todo mundo revoltado porque eles sabiam que o rapaz não era envolvido. Ele só foi curtir o paredão. Esse Faísca, que o chefe do BDM aqui, está em Alagoinhas. Ele fica de lá dando as ordens. Esse cara que manda matar, torturar, estuprar. É o Diabo mesmo. A comunidade toda triste, enlutada”, lamentou o morador ao IB.
Uma equipe da 48ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) esteve no local do crime, isolou a área e acionou o Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), que investiga o assassinato.