Definidos os nomes filiados nos partidos e as listas de pré-candidatos a vereador de Salvador, já é possível fazer projeções sobre o número de cadeiras que cada legenda deverá garantir. O Informe Baiano ouviu presidentes de siglas, investigou os cenários e apurou diversas listas com pré-candidatos, nas últimas semanas. Afinal, quantas vagas cada partido deverá garantir na Câmara Municipal de Salvador e quem são os puxadores de votos?
A expectativa é que haja um crescimento substancial na votação dos candidatos, já que o último pleito contou com a pandemia da COVID-19, o que impediu também várias pessoas de exercer o direito de escolher o representante. Além disso, vão ter menos candidatos nas ruas. Em 2020 foram mais de 1.500. Esse ano o número deverá ser inferior a 700. Com isso, a maioria deverá ter um crescimento de eleitores superior a 20%. A expectativa é que 12 ou 13 vereadores não consigam reeleição, o que representa uma renovação de 31%.
Serão eleitos esse ano 43 vereadores. O IB lembra que a reportagem não é uma pesquisa e sim uma análise de cenário. Além disso, não sentencia quantos vereadores cada partido vai fazer, traz apenas projeções. Por isso, a soma total ultrapassa o número de cadeiras disponíveis.
Partidos e vagas
O União Brasil e as federações formadas por PT/PCdoB/PV e PSDB/Cidadania deverão eleger o maior número de vereadores.
Partido do prefeito Bruno Reis, o União luta pela eleição de 7 vereadores. Não será supresa uma oitava cadeira. O puxador de votos, ao que tudo indica, será Duda Sanches, que já conseguiu o feito em eleições anteriores.
Na federação do time de esquerda, a projeção mais positiva aponta cinco edis eleitos, mas internamento a aposta é seis. O nome mais ‘estruturado’ do grupo é o da vereadora Marta Rodrigues, que tem um forte trabalho nas comunidades aliado a sua história de luta contra a desigualdade social. Além disso, Marta é irmã do governador Jerônimo Rodrigues.
Liderada na capital pelo presidente da Câmara Municipal, Carlos Muniz, a federação PSDB/Cidadania pode eleger seis vereadores. Porém, o líder do grupo pondera e fala em cinco vagas. Nos bastidores, a expectativa é que Muniz seja o vereador mais votado do ano na Bahia com 20 mil eleitores.
O PP deverá garantir entre 4 e 5 cadeiras. O partido liderado pelo ex-deputado federal Cacá Leão conta com uma lista de peso e vários nomes se destacam, entre eles Maurício Trindade e Sandro Bahiense. O médico e o fuzileiro, juntos, prometem abocanhar mais de 25 mil votos.
Liderado em Salvador pela vice-prefeita Ana Paula Matos e pelo deputado federal Léo Prates, que teve 88 mil votos em 2022 na capital, o PDT está montado para eleger três ou quatro vereadores. O puxador de votos deverá ser o vereador e morador da região de Pau da Lima, Anderson Ninho, conhecido também como Empregado do Povo. Não será surpresa se o edil dobrar a votação que teve em 2022.
O Republicanos, que é liderado na Bahia pelo deputado federal Márcio Marinho, conseguiu dar a volta por cima e formar uma chapa proporcional competitiva. No último pleito, teve o vereador mais votado da capital, Luiz Carlos, que deixou recentemente o cargo de secretário de Infraestrutura. O edil chega forte e disputará com Muniz (PSDB) a cabeça do pule.
PL: a direita raiz chega na eleição soteropolitana organizada e pronta para fazer três vereadores. O partido conta com um batalhão de candidatos bolsonaristas. O nome mais forte, nesse momento, é o do vereador Alexandre Aleluia.
DC: liderado pelo secretário particular do prefeito Bruno Reis, o articulador Igor Dominguez, o DC recebeu a missão de garantir três cadeiras. Porém, nos bastidores o comentário é que Dominguez já almeja, com os pés no chão, uma eventual quarta vaga. O puxador de votos é Ricardo Almeida, vereador experiente e considerado bem próximo do gestor da capital. A aposta é que Ricardo alcance 15 mil votos.
PRD: outro partido sem recursos do fundo eleitoral que chega “quebrando e amassando” é o PRD, de Francisco Elde. O puxador de votos deverá ser o integrante da igreja Universal, Kênio Rezende. A expectativa é a eleição de 3 vereadores.
O Podemos é o antigo PTN, um dos partidos mais tradicionais de Salvador e com histórico positivo nas eleições proporcionais. A legenda liderada atualmente na capital por João Cláudio Bacelar já chegou a eleger 6 vereadores e foi decisiva na primeira eleição vitoriosa de ACM Neto. O grupo estava bem organizado e almejava garantir quatro vagas, mas sofreu contra-ataques, resultando em uma perda significativa. Porém, sobreviveu. Internamente a expectativa é a eleição de dois nomes. O puxador é João Cláudio Bacelar.
Partido do vice-governador Geraldo Júnior, o MDB quer eleger um ou dois vereadores e o principal nome é Davi Rios, que almeja ser o candidato mais votado da capital. Com isso, a expectativa de vitória do vereador Padre Joceval cai consideravelmente.
O PSD, liderado em Salvador pelo deputado federal Antônio Brito, aposta na garantia de duas cadeiras, mas nos bastidores o comentário é que consegue uma. O nome mais forte é o do articulador político Cléber de Brito.
O REDE/PSOL contará com a candidatura majoritária de Kleber Rosa, o que ajuda o partido com votos de legenda. O nome mais forte é do jovem Humberto Neto, que tem um trabalho consolidado nos bairros de Salvador e ainda conta com o apoio incondicional do presidente da Conder, José Trindade. A expectativa é eleger um vereador.
O PSB perdeu muitos candidatos, mas é um partido que não pode subestimar. Alguns apostam que elege apenas uma cadeira, mas há quem garanta duas. Pelo menos três nomes surgem como favoritos: Silvio Humberto, Rodrigo Hita e Igor Kannário.
O Novo, partido de direita, chega em 2024 com a expectativa de conseguir pela primeira vez ter um vereador em Salvador. O nome mais viável é o da empresária Luciana Buck, que pretendia disputar o cargo majoritário. As projeções indicam que o partido pode garantir uma cadeira.
PMB: há ainda a possibilidade do PMB, liderado por Átila do Congo, garantir representação na Casa soteropolitana. O grupo conta com vários nomes que teve votação de 2 a 3 mil votos.