Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em 2022, o salário médio mensal pago aos trabalhadores assalariados do setor empresarial na Bahia era de R$ 2.839,60. O valor é abaixo da média nacional (R$ 3.542,19) no mesmo período e o 6º mais baixo do país.
Os nove estados da região Nordeste ficaram nas últimas posições no ranking do salário médio no setor empresarial, com Paraíba (R$ 2.636,51), Alagoas (R$ 2.645,65) e Piauí (R$ 2.781,60) como os piores. Acima da Bahia, estão Sergipe (R$2.492,77), Rio Grande do Norte (R$2.919,47) e Pernambuco (R$2.846,30). Maranhão e Ceará completam a lista com cerca de R$ 2,7 mil aproximadamente.
Do outro lado, as maiores remunerações médias ficaram com Distrito Federal (R$ 5.902,12), Amapá (R$ 4.190,94) e São Paulo (R$ 4.147,84).
Onde os baianos trabalham
O levantamento aponta ainda que, embora empresas de administração pública sejam apenas 0,9% das unidades empresariais da Bahia (4.328), é aqui que trabalham mais de um quarto dos baianos (28,0% ou 679.839 pessoas).
O comércio, apesar de reunir mais pessoas ocupadas (642.212 trabalhadores), tinha menos assalariados que a administração pública, com um contingente de 448.957 empregados da Bahia, 18,5% do total. O levantamento diferenciou assalariados e empresários – 9 em cada 10 unidades ativas na Bahia eram consideradas microempresas, com no máximo 9 assalariados.
Um fato curioso nessa relação é que, em 2022, o salário médio de um trabalhador da administração pública foi de R$3.809,35, enquanto o de um funcionário do comércio era de R$ 1.846,10.
Números totais
Ainda conforme o IBGE, no mesmo ano, havia na Bahia 469.986 unidades locais de empresas formais, que contavam com 2.978.368 pessoas ocupadas. Destes, 549.064 eram proprietárias/sócios, e 2.429.304 eram empregadas assalariadas. Nos quatro indicadores, a Bahia apresentava o 7º maior contingente do Brasil e o maior das regiões Norte e Nordeste.
O estado responde por 4,4% das 10.607.102 unidades locais de empresas formais do Brasil. Em relação ao pessoal ocupado, a Bahia tinha 4,7% do total nacional.