Os ônibus do transporte público pararam de circular no bairro do Engenho Velho da Federação, em Salvador, desde a tarde desta terça-feira (1º), segundo informações do Sindicato dos Rodoviários. A categoria diz estar insegura de entrar no bairro após a morte de um jovem de 19 anos e a realização de um protesto na localidade. Moradores disseram que a morte ocorreu durante uma ação da Polícia Militar.
“Mesmo com o policiamento reforçado, a gente não está se sentido seguro e por isso optamos por deixar de entrar na região até que possamos fazer uma reavaliação da situação”, disse, em contato com o G1, Fábio Primo, vice-presidente do sindicato.
Conforme o sindicato, os ônibus fazem a parada nas imediações de um posto de combustível que fica na entrada do bairro, e os passageiros que moram na região precisam seguir andando.
Primo disse que, na manhã desta quarta-feira (2), os rodoviários devem se reunir com representantes do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps), da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) e da Polícia Militar e somente depois decidir quando voltar a circular pela região.
A Polícia Militar informou que não tem registro de ocorrência sobre disparo de arma de fogo ou troca de tiros que resultou em morte no bairro. Ainda segundo a PM, o policiamento está intensificando em toda região para assegurar a tranquilidade da comunidade, com reforço da Patamo/Batalhão de Choque, da Companhia Independente de Policiamento Tático (Rondesp Atlântico), da Operação Apolo e da companhia da área, 41ª CIPM.
Morte e protesto
O jovem morto na localidade foi identificado como Alisson Silva Gonçalves dos Santos, de 19 anos. Segundo a polícia, ele foi atingido, por volta das 15h, na Rua da Lama.
À tarde, um grupo de manifestantes fechou a Avenida Cardeal da Silva, no bairro da Federação, em Salvador De acordo com o Centro Integrado de Comunicações (Cicom), da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), os manifestantes usaram cones, baldes de lixo e outros objetos para obstruir a via. Por volta das 14h50, a rua foi liberada.
Conforme o CICOM, o grupo protestou contra a morte de um morador do bairro. No entanto, não há informações sobre quando e nem como teria ocorrido o crime. Agentes da 41ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) acompanharam a manifestação.
*G1