Ana Marcela, campeã olímpica de Tóquio, terminou a maratona aquática de Paris, realizada no Rio Sena, na quarta colocação. Ela concluiu a prova com o tempo de 2h04m15s7 e ficou fora do pódio por 33.1 segundos. A prova aconteceu na madrugada desta quinta-feira (08/08).
O ouro ficou com a holandesa Sharon van Rouwendaal, campeã do Rio 2016, com 2h03m34s2. A prata ficou com a australiana Moesha Johnson, com tempo de 2h03m39s7, e o bronze ficou com a italiana Ginevra Tadeucci, com 2h03m42s8.
Em entrevista ao SporTV, a atleta lamentou a colocação. “Acho que um quarto lugar é um abismo muito grande entre ter uma medalha e não. Em 2008, quando eu fui quinta, não doeu tanto quanto agora. Mas um ano e meio atrás eu estava passando por uma cirurgia, um ano atrás eu simplesmente liguei para minha família e para minha psicóloga e falei: ‘Eu quero parar de nadar’. Então, ter nadado a seletiva em Fukuoka, mesmo não tendo me classificado, foi uma vitória. Ter nadado em Doha, voltado a me encontrar, a estar feliz, eu acho que é o mais importante”, disse a baiana.
“Eu cheguei no meu limite no esporte, eu não estava mais feliz, eu não estava me encontrando na natação mais. Mas graças a Deus eu tenho uma família que me apoia independentemente de qualquer coisa. Nós somos atletas, mas somos seres humanos e chega uma hora que a gente cansa. Não somos uma máquina”, seguiu. “Lógico que a gente queria muito uma medalha e a gente sabe o quanto treinamos. Eu mudei todo o programa, mudei para a Itália para ir em busca disso. Eu tenho que ter muito orgulho do que eu fiz, do quarto lugar, por mais que seja bem doloroso. Mas acho que eu tenho que manter a cabeça erguida, olhar pra frente. Eu preciso de talvez um, dois dias para poder ter um tempinho aí e conseguir olhar um pouco pra frente e ver o que nós vamos pensar e fazer aí”, pontuou.
“Não prometo nada pra Los Angeles, mas eu acho que tem a Copa do Mundo aí pra frente. Virar uma página e ver como é que vai ser. Estou com 32, com uma bagagem muito grande, muitas conquistas e é ver o que eu vou fazer daqui para frente. Eu estou muito feliz, óbvio que eu queria demais essa medalha, mas acho que é cabeça erguida”, disse Ana.