O Ministério das Minas e Energia anunciou nesta segunda (21) a maior privatização até agora do governo de Michel Temer. O controle da Eletrobras será passado para a iniciativa privada numa operação na qual o Planalto espera arrecadar até R$ 20 bilhões.
Em nota enviada à imprensa, o ministério diz que comunicou a Eletrobras nesta terça que proporá ao conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) a “redução da participação da União” no capital da estatal.
Hoje a União tem 51% das ações ordinárias (com direito a voto) e fatia de 40,99% no capital total da Eletrobras;
Além disso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e seu braço de investimentos, o BNDESPar, têm, juntos, 18,72% do capital total da empresa;
O PPI é o colegiado que trata de privatizações e concessões dentro do governo Michel Temer.
O ministro Fernando Coelho Filho afirmou que a expectativa é que a conta de luz fique mais barata com a privatização da Eletrobrás. Segundo ele, a redução deve acontecer por conta do aumento da eficiência da estatal e, por consequência, da redução de seus custos.
Com a notícia, as ações da Eletrobrás subiram na Bolsa de NY e abriram em disparada na Bolsa brasileira (B3). A ação preferencial (PNB) abriu em alta de 19,24% e a ordinária (ON) avançava 31,83% às 10h30.