Em nota enviada ao Informe Baiano na manhã desta quarta (23), o presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Leo Prates (DEM), rebateu declarações de autoridades estaduais de segurança sobre a retirada dos policiais militares da Casa. De acordo com Leo, após “solicitação do governador, nós já vínhamos reduzindo a Assistência Militar da Câmara. Só para que vocês tenham uma ideia: há 4 anos tínhamos 45 policiais. Este ano reduzimos a Assistência de 23 para 16 policiais. Os militares trabalham em regime de escala, o que dá mais ou menos 4 por dia, logo já vínhamos colaborando, voluntariamente com o Governo do Estado e com a Segurança Pública”, relatou.
O presidente lembrou que a CMS tem seis prédios descentralizados e os policiais trabalhavam em rondas entre eles, o que resultava também em atividades nas ruas do Centro. Além disso, esclareceu que “não há nenhum PM, a serviço individual de nenhum vereador ou desta presidência na Assistência da Câmara”.
“Os PM’s estão lá para dar segurança à população, pois como os debates são intensos e acalorados, temos um clima, muitas vezes, parecido com o dos estádios de futebol. Já imaginou se o Governo tirar a PM de lá?”, questionou.
“Nós tínhamos uma das menores Assistências Militares da Bahia com 16 policiais. Porque não fez uma redução drástica em algumas bem grandes? Tem Assistência com 55 policiais ou mais! Peço ao Governo que torne este debate público e apresente em que órgãos estão as Assistências Militares e o número de policiais por cada uma, para que a Sociedade avalie se tecnicamente foi a decisão acertada”.
O edil ainda disse que Casa Legislativa está vivendo um “drama”, pois “ninguém consegue se adaptar a uma situação dessas de uma hora para outra! É preciso planejamento, gente e preparo para fazer segurança”.
O presidente agradeceu a liberação da Guarda Municipal pela Prefeitura de Salvador de forma emergencial, mas salientou que isso “não resolve todos os nossos problemas”.
“Existem competências exclusivas da PM, como a averiguação por suspeição, que é onde se pede para abrir bolsas, mochilas, etc, fundamentais para um órgão com grande frequência de público, por isso entramos na justiça contra o Governo. Há um TAC entre MP e Guarda que a proíbe de fazer certos tipos de procedimento, o que nos deixa em situação delicada”, avaliou.
Por fim, Leo Prates afirmou que de sexta-feira até terça (22), houve um aumento significativo no número de assaltos na área. Seis funcionários da Câmara Municipal de Salvador foram assaltados na saída do Edifício Bahia Center, na rua Rui Barbosa, no Centro, onde ficam os gabinetes dos vereadores.
“Estamos recomendando as pessoas que prestem queixa e solicitando ao 18º Batalhão o reforço nas ruas. No nosso entendimento, não há argumentos técnicos que justifique a medida contra a Camara Municipal”.