O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) deixou na manhã desta sexta-feira (8), por volta das 7 horas, o prédio em Salvador em que vivia e cumpria prisão domiciliar. Ele foi levado para o Aeroporto Luiz Eduardo Magalhães pela Polícia Federal após um pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público Federal. Não foi informado para onde o ex-ministro será encaminhado.
Geddel cumpria prisão domiciliar desde julho, após ter sido detido por suspeita de tentar interferir nas investigações sobre fraudes na Caixa Econômica Federal.
Sete agentes e dois carros da PF entraram no prédio às 6h. Segundo a TV Bahia (afiliada da Rede Globo), um vendedor ambulante, que estava na região, foi levado para dentro do condomínio, possivelmente para servir de testemunha.
Fortuna em outro imóvel
Na terça-feira (5), a PF apreendeu R$ 51 milhões em um apartamento que seria utilizado por Geddel em Salvador. O dono do imóvel afirmou à PF que havia emprestado o imóvel ao ex-ministro para que ele guardasse pertences do pai, que morreu no ano passado.
Segundo o jornal “O Globo”, a PF reuniu 4 provas que reforçam a ligação Geddel com o dinheiro.
As impressões digitais de Geddel foram encontradas no próprio dinheiro, uma outra testemunha confirmou que o espaço tinha sido cedido ao ex-ministro, e uma segunda pessoa é suspeita de ajudar Geddel na destinação das caixas e das malas de dinheiro. Além disso, a PF identificou risco de fuga, depois da divulgação da apreensão do dinheiro.
A apreensão do dinheiro é um desdobramento da Operação Cui Bono, que investiga fraudes na liberação de créditos da Caixa Econômica Federal. De acordo com o MPF, entre 2011 e 2013, Geddel agia para beneficiar empresas com liberações de créditos e fornecia informações privilegiadas para os outros membros da quadrilha que integrava.