O policial militar e influenciador digital Lázaro Alexandre Pereira de Andrade, conhecido como “Tchaca”, teve a liberdade autorizada pela Justiça na manhã desta segunda-feira (05/05), após passar quase um mês preso. Ele foi detido em 9 de abril durante a Operação Falsas Promessas 2, da Polícia Civil da Bahia, sob suspeita de envolvimento com uma organização criminosa que atuava com rifas ilegais e lavagem de dinheiro. Segundo apuração do Informe Baiano, Tchaca aguarda os trâmites internos para deixar a unidade onde está custodiado.
De acordo com as investigações, Tchaca teria acessado previamente informações sigilosas da operação e atuado para beneficiar outros alvos da investigação — o que foi interpretado como tentativa de obstrução de justiça. Os autos apontavam “fortes indícios” de que o militar também teria envolvimento com corrupção ativa e relações próximas com membros do grupo criminoso.
A assessoria de Tchaca nega qualquer envolvimento com atividades ilícitas. Em nota, afirma que a prisão ocorreu unicamente por alegações de suposta interferência no curso da investigação, sem qualquer relação direta com os crimes principais investigados.
Além de Tchaca, outros seis policiais foram presos na mesma operação, que também resultou na prisão de Nanan Premiações, nome conhecido nas redes sociais por promover sorteios. A operação teve desdobramentos em Salvador, Região Metropolitana, Juazeiro, São Felipe e até no estado de São Paulo, onde foram cumpridos 24 mandados de prisão, busca e apreensão.
Segundo a Polícia Civil, a organização criminosa utilizava empresas de fachada para mascarar a origem dos recursos, que eram oriundos do tráfico de drogas. Rifas fraudulentas eram promovidas como fachada para a lavagem de dinheiro.
Antes de ser preso, Tchaca já havia se manifestado nas redes sociais alegando ser alvo de perseguição. Em uma das postagens, chegou a afirmar que, se fosse preso, “cairia atirando”. Agora solto, ele ainda é investigado e segue à disposição da Justiça.