Moradores da Fazenda Casa Nova, localizada no distrito de Maria Quitéria, zona rural de Feira de Santana, têm demonstrado crescente preocupação com a operação de uma pedreira pertencente à empresa Agro Mineradora A Rocha LTDA. A atividade, segundo relatos de líderes comunitários e ambientalistas, apresenta indícios de sérias irregularidades técnicas e ambientais, com impactos diretos sobre o meio ambiente, a saúde da população e a dinâmica socioeconômica da região.
A situação se agravou após a recente aquisição da empresa por um empresário baiano atualmente radicado em Goiás, cujo histórico empresarial inclui suspeitas de condutas controversas em empreendimentos semelhantes. Desde então, a operação da pedreira tem avançado de forma acelerada, intensificando a movimentação de solo, desmatamento de vegetação nativa e, possivelmente, o uso indiscriminado de explosivos. Não há, até o momento, sinalização de medidas efetivas de controle ambiental ou de planos de mitigação dos impactos causados.
“Estamos enfrentando barulho constante, poeira, e já observamos impactos na produção agrícola e no abastecimento de água local”, relata um agricultor da região.
Frente à situação, representantes locais buscam acionar órgãos como a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a Comissão de Meio Ambiente da Câmara de Vereadores de Feira de Santana e a Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa da Bahia. O objetivo é pressionar por uma fiscalização mais rigorosa, além de transparência nas licenças concedidas e nas medidas de compensação exigidas da mineradora.