A bancada do PDT na Câmara dos Deputados rompeu com o governo Lula nesta terça-feira (06/05), após a saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência. A decisão foi tomada em reunião realizada na casa do líder do partido, deputado Mário Heringer (MG), em Brasília. Na Bahia, a legenda conta com dois parlamentares: Félix Mendonça Júnior e Leo Prates.
Lupi, presidente nacional da legenda, participou do encontro e pediu demissão em meio a investigações de fraudes no INSS. Deputados do PDT consideraram a saída uma quebra de confiança por parte do governo e decidiram adotar postura de independência.
Segundo Heringer, o partido “não será oposição, mas também não é mais base”. Mesmo contrariando a bancada, o governo nomeou o ex-líder pedetista Wolney Queiroz para o lugar de Lupi. A legenda criticou a escolha e afirmou que não deveria continuar à frente do ministério, considerado politicamente oneroso.
O partido, que tem 17 deputados na Câmara, não recebeu até agora outra função no governo e cobra mais espaço na Esplanada. O movimento do PDT aumenta a pressão sobre a base aliada e pode dificultar votações importantes no Congresso.