A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) identificaram movimentações financeiras de aproximadamente R$ 10 milhões ligadas a uma organização criminosa investigada por tráfico internacional de drogas. A informação é resultado do aprofundamento das investigações da Operação Tropeiros, que teve nova fase deflagrada nesta terça-feira (07/05).
A organização criminosa operava com o envio de cocaína para a Europa por meio de “mulas” – pessoas cooptadas para transportar a droga em malas e mochilas preparadas para ocultar os entorpecentes. Após o desembarque, os materiais eram entregues a contatos indicados pelo grupo, responsáveis pela venda no exterior. A atuação da quadrilha envolvia empresários, doleiros, um advogado e um gerente de instituição financeira.
A investigação teve início em novembro de 2022, após a prisão em flagrante de uma mulher no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro. Ela transportava 3,2 quilos de cocaína ocultos no forro da bagagem e tinha como destino a cidade de Horta, em Portugal.
Os investigados poderão responder pelos crimes de tráfico transnacional de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As apurações continuam sob responsabilidade da Polícia Federal e do MPF.
Na ação, chamada de Operação Tropeiros II, cerca de 100 policiais federais e servidores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPF) cumpriram 21 mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói, São Paulo, Campinas e Salvador. Os mandados foram cumpridos em residências, empresas, casas de câmbio e em um escritório de advocacia. Também foram aplicadas medidas cautelares como o sequestro de bens, bloqueio de valores, entrega de passaportes e proibição de saída do país.