“Práticas desalinhadas”: PRF quer afastar veteranos dos novatos e causa revolta em agentes

Uma circular interna da Polícia Rodoviária Federal (PRF) gerou forte repercussão entre servidores e entidades de classe nos últimos dias. O documento, intitulado “Alinhamento sobre recepção de novos PRFs”, recomendava que policiais em processo de movimentação “não mantenham contato prolongado” com os recém-chegados à corporação. A justificativa era evitar a “transferência de práticas desalinhadas com o novo modelo institucional”.

A medida provocou perplexidade entre agentes experientes e levou a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) a divulgar uma nota de repúdio contundente. Na avaliação da entidade, o texto da circular é “inaceitável sob qualquer ótica” e promove “um clima de divisão e desconfiança entre gerações de policiais”.

“O trecho é desrespeitoso, discriminatório e injustificável. Trata-se de uma afirmação que, na prática, contribui para a fragmentação do corpo funcional da instituição”, criticou a FenaPRF. A federação representa mais de 17 mil servidores ativos e aposentados da corporação.

A polêmica surgiu justamente após a formatura de mais de 600 novos policiais rodoviários federais, realizada na semana passada, na Universidade Corporativa da PRF (UniPRF), em Florianópolis (SC). Os recém-formados começarão a atuar nos postos em todo o país, substituindo agentes que serão realocados para novas funções dentro da PRF.

Diante da repercussão negativa, a PRF informou que a diretoria-executiva determinou a exclusão do item polêmico do plano de recepção de novos agentes. A decisão foi comunicada após o fechamento da matéria, por meio da assessoria de imprensa da corporação.

Na nota oficial da FenaPRF, a entidade ainda destaca o valor histórico dos policiais veteranos para a construção da instituição: “Desonrar o passado é comprometer o nosso futuro. O que seria da PRF sem os veteranos que deram forma e alma a essa missão?”.

Íntegra da nota de repúdio da FenaPRF
“A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), entidade representativa de mais de 17 mil servidores da ativa e aposentados, manifesta seu veemente repúdio à forma como foi redigido o item 5 do documento “Plano de Ação – Recepção dos novos PRFs” (SEI nº 65967265), parte integrante do Processo nº 08650.154011/2025-22, confeccionado pela Direção da Polícia Rodoviária Federal.

O referido trecho, ao recomendar que os policiais em processo de movimentação “não mantenham contato prolongado com os novos PRFs”, com o objetivo declarado de evitar a “transferência de práticas desalinhadas com o novo modelo institucional”, é inaceitável sob qualquer ótica.

A insinuação de que servidores públicos — muitos com mais de 20 ou 30 anos de dedicação à Polícia Rodoviária Federal — seriam vetores de uma cultura negativa, desalinhada ou contraproducente é desrespeitosa, discriminatória e injustificável. Trata-se de uma afirmação que, na prática, contribui para a fragmentação do corpo funcional da Instituição e promove um clima de divisão e desconfiança entre gerações de policiais.

A história da PRF foi construída com base na experiência, no comprometimento e no profissionalismo desses policiais, que, ao longo de décadas, consolidaram a credibilidade da nossa Instituição perante a sociedade brasileira. Rotulá-los como potenciais ameaças à formação de novos colegas não apenas fere sua honra funcional, mas também compromete o espírito de coesão institucional que tanto se busca fortalecer.

Desonrar o passado é comprometer o nosso futuro.

O que seria da PRF se Turquinho não tivesse dado os primeiros passos para a criação da Instituição?

O que seria da PRF sem os veteranos?

O que seria da PRF sem os policiais antigos, que deram sentido, forma e alma a essa missão?

A FenaPRF espera uma retratação formal da Direção-Geral da Polícia Rodoviária Federal, com o devido reconhecimento da importância e do legado dos policiais veteranos. A boa formação dos novos integrantes da PRF depende do diálogo intergeracional, do respeito mútuo e da valorização da memória institucional — e não da exclusão de quem dedicou sua vida à construção desta Casa.

Permanecemos vigilantes e unidos à categoria para promover a defesa da dignidade de todos os policiais rodoviários federais, ativos e inativos, que, juntos, compõem a espinha dorsal desta Instituição centenária.”

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