O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque a tiros ocorrido durante um show em Las Vegas na madrugada desta segunda-feira (2/10). O tiroteio deixou mais de 50 mortos e 400 feridos e é considerada a maior tragédia com arma de fogo da história dos Estados Unidos.
A “Amaq”, órgão oficial de notícias do EI, publicou dois comunicados hoje nas redes sociais: um reivindicando o ataque e outro informando que o americano Stephen Paddock, de 64 anos, tinha se convertido ao Islã há alguns meses.
“O ataque em Las Vegas foi conduzido por um soldado do Estado Islâmico e foi realizado em resposta ao chamado para que alvos da coalizão sejam atacados”, escreveu o grupo na internet, se referindo à coalizão aérea liderada pelos americanos que combate o grupo no Oriente Médio.
O Estado Islâmico costuma assumir a autoria de ataques cometidos por indivíduos que podem ser inspirados pelas mensagens extremistas do grupo, mas que não possuem ligações conhecidas com a entidade.
Irmão
Eric Paddock, irmão do atirador, falou à rede de TV americana CNN de sua casa em Orlando, Florida. Segundo ele, a última vez que conversou com o irmão foi via mensagem de texto e sobre o estado da mãe, que estava sem energia elétrica em casa após a passagem do furação Irma.
“Ele era meu irmão e sinto como se um asteroide tivesse caído do céu”, falou Eric. Ele contou também que Stephen falou com a mãe deles por telefone há cerca de uma semana ou duas. Enquanto a equipe de reportagem falava com Eric, agentes do FBI chegaram ao local e encerraram a entrevista.
O atirador estava no Mandalay Bay desde o dia 28 de setembro. Testemunhas que estavam hospedadas no hotel contam que, para conseguir reserva nessa época, só com três meses de antecedência. (Com informações da agência Ansa).]]>